Ao fim de quase meia década de mistério, a Snap está cada vez mais próxima de estrear-se no mercado acionista. Esta quinta-feira submeteu a sua primeira oferta pública de ações na Bolsa de Valores de Nova Iorque, com a qual pretende angariar 3 mil milhões de dólares.

De acordo com fontes anónimas da imprensa internacional, uma OPA desta dimensão pode conferir à Snap, dona do Snapchat, um valor entre os 20 mil milhões e os 25 mil milhões de dólares.

A empresa norte-americana explica, no documento, que saiu de 2016 com uma média de 158 milhões de utilizadores diários ativos, o que representa um aumento de 48% face ao período homólogo do ano anterior.

É com este número que a Snap vai procurar aliciar potenciais investidores. Contudo, no final do ano passado, as suas perdas assomaram aos 514,6 milhões de dólares, uma subida substancial face aos 372,9 milhões de 2015.

Além disso, parece que os incentivos oferecidos são poucos, visto que os acionistas não vão adquirir qualquer tipo de direito de voto sobre a administração da empresa, que vai continuar nas mãos dos seus criadores, Evan Spiegel, o atual CEO, e Robert Murphy.

A Snap tem grandes ambições e quer competir com os “pesos pesados” do mundo a internet, considerando que, na proposta que submeteu à Bolsa de Nova Iorque, identificou especificamente a Google, a Apple, o Twitter e o Facebook como concorrentes.

Como já anteriormente se tinha suspeitado, os bancos Morgan Stanley, Goldman Sachs, JP Morgan Chase e Deutsche Bank estão à frente da proposta, que ainda está em análise. A entrada efetiva da Snap no mercado de ações só deve acontecer em março.