A fusão da subsidiária indiana da Sony com a Zee Entertainment já não vai acontecer. O negócio que iria criar um gigante de 10 mil milhões de dólares foi cancelado pela Sony, porque a Zee não cumpriu as condições contratuais acordadas. A intenção de fusão das duas empresas foi anunciada em setembro de 2021. O acordo previa o cumprimento de um conjunto de condições, antes da assinatura de um memorando definitivo. A Sony anunciou agora que essas condições não foram cumpridas, nem no prazo previsto, nem nos 30 dias de extensão entretanto concedidos e por isso o negócio cai por terra.

Em comunicado, a empresa japonesa mostra-se “extremamente desapontada” com o desfecho e explica que o acordo assinado previa que “qualquer uma das partes podia encerrar as negociações para um acordo definitivo comunicando-o por escrito”, se no fim do período de negociações previstos não estivessem reunidas as condições acordadas.

Segundo a imprensa local, citada pelo TechCrunch, um dos pontos de discórdia seria a permanência na empresa e nas funções do atual CEO da Zee, Punit Goenka, embora na semana passada tenha sido adiantado que o executivo, depois de meses de resistência, estaria disponível para aceitar a exigência. Refere-se ainda que na base da decisão terá estado a incapacidade da Zee para melhorar os resultados financeiros até ao fecho do acordo definitivo. Nos últimos trimestres, os resultados do grupo indiano de media acabaram mesmo por piorar.

A Sony Pictures Networks India está há vários anos no mercado indiano, onde tem mantido uma presença importante na televisão. A Sony Entertainment Television foi lançada no país em 1995. A companhia opera também um serviços de streaming (SonyLiv) que concorre com as plataformas internacionais já presentes no país e que ganharia força na fusão com o Zee5, a oferta equivalente da Zee, também com uma forte presença no mercado televisivo indiano.

Outro player determinante no mercado de entretenimento indiano é o grupo liderado pelo bilionário Mukesh Ambani, que está em negociações avançadas para a compra de 51% da Disney India.