O número de subscritores de pacotes de telecomunicações atingiu os 3,3 milhões no final de março deste ano. Este valor representa um crescimento de 1,7% face ao último trimestre de 2015 e mais 8,3% quando comparado em termos homólogos.  

A Anacom justifica este aumento com a subscrição de pacotes 5P (tv, internet, internet móvel, telefone e telemóvel) e 3P (tv, internet e telefone) que aumentaram em 2,4% e 1,8%, respetivamente. 

Estes números distribuem-se, sobretudo, por três grandes operadoras nacionais: MEO, NOS e Vodafone. No que às quotas de mercado diz respeito, a MEO conquista a maior fatia com 40,4% dos clientes de serviços em pacote. A NOS segue logo atrás com 39,7% e a Vodafone completa o pódio com 14,5%. Cabovisão/ONI detém apenas 5,4% de quota. 

Apesar da diferença para as concorrentes ser ainda substancial, a Vodafone voltou a ser a empresa que mais cresceu neste segmento durante o primeiro trimestre deste ano. 

Naturalmente, as receitas geradas por estes serviços também aumentaram. No primeiro trimestre deste ano os números "rondaram os 415 milhões de euros, mais 15% do que no mesmo período do ano anterior", pode ler-se em comunicado. 

Em média, cada cliente recebeu uma fatura mensal de 42,28 euros, mais 5,4% do que no primeiro trimestre de 2015 e um valor que continua acima da média europeia

43,6% destas receitas são da MEO, líder em pacotes 5P e 39,4% da NOS, líder em pacotes 2P, 3P e 4P. 

Os aumentos nas subscrições e mensalidades não significam, no entanto, um aumento na satisfação com estes serviços. De acordo com o Barómetro de Telecomunicações da Marktest, 8,1% dos clientes manifesta vontade de mudar de prestador de serviço durante os próximos três meses, um número que pode parecer baixo mas que é justificado pela impossibilidade de transição causada pelas fidelizações. 

Um terço dos 65% que não têm intenção de mudar de operadora, justificou-se com o período de fidelização. 

O relatório da Anacom pode ser consultado, na íntegra, aqui.