O volume de queixas é considerável e tem aumentado e os motivos são variados, mas há situações que levam os portugueses a reclamarem mais junto da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) quando acham que a sua informação pessoal, segurança ou privacidade são ameaçados.

O controlo no local de trabalho de diferentes formas, desde o GPS ao controlo de utilização das TIC, passando pela videovigilância e pela biometria estão entre o conjunto de motivos mais representativos, assim como a utilização indevida ou sem consentimento de dados pessoais.

O correio eletrónico não solicitado, vulgo spam, também continua a estar retratado, mas é sobre a “videovigilância do vizinho” que mais tem crescido o número de reclamações que chegam à CNPD.

“Temos tido uma enorme quantidade de queixas sobre pessoas que têm camaras nas suas casas, nos seus carros, mas que estão viradas para a rua ou para o prédio em frente”, referiu Clara Guerra, porta-voz da CNPD, em declarações ao TeK. Além de estarem erradamente apontadas, as capacidades de zoom podem até permitir-lhes entrar na casa de outras pessoas, sublinha, exemplificando a dimensão que este género de situação pode atingir.

Fotocópias dos documentos: uma prática que põe em causa a segurança dos seus dados

O problema já vem do tempo do Bilhete de Identidade, mas com o Cartão de Cidadão os riscos aumentaram ainda mais. Ao permitir que entidades financeiras ou prestadores de serviços de diferentes áreas tirem fotocópias dos seus documentos, os cidadãos correm riscos.

Um deles é a usurpação de identidade, usada para fins criminosos, que tem vindo a crescer em número de situações reportadas, e que toma toda uma nova e maior dimensão com os meios digitais aos dispor de pessoas menos bem-intencionadas.

(em atualização)