O número de colocações na primeira fase é ligeiramente inferior ao da mesma fase de 2022, mas só 16% dos candidatos ficaram de fora. Ao todo, dos 59.073 alunos que agora se candidataram ao ensino superior, ficaram colocados 49.438, como indicam os dados o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). A maioria dos alunos, mais de 56%, ficaram colocados na sua primeira opção e nove em cada 10 (87%) conseguiram colocação numa das três primeiras escolhas.

Segundo os dados da Direção Geral do Ensino Superior, a taxa de colocação nesta 1.ª fase é de 84% e restam apenas 5.512 lugares para a 2.ª fase do concurso, o que representa o menor número de vagas sobrantes em mais de duas décadas.

Há quatro cursos de engenharia no top 5 da lista dos que têm média de entrada mais elevada. Primeiro Engenharia aeroespacial na Universidade do Minho que voltou a ocupar o primeiro lugar nas médias mais elevadas do último colocado no curso, com 18,86 valores. No ano passado a Medicina tinha recuperado o primeiro lugar no top das notas mais elevadas, superando a  licenciatura em Engenharia Aeroespacial do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, onde a nota de entrada do aluno que assegurou a última vaga disponível foi 18,85 valores, mais baixa do que os valores de 2021, fixados nos 19,05.

Este ano a Medicina ficou em segundo lugar da lista com 18,68 mas é seguida de perto pela Engenharia Aeroespacial no Instituto Superior Técnico e Engenharia com 18,68, Gestão Industrial na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto com 18,55 e ainda Engenharia Aeroespacial na Universidade de Aveiro com 18,52 de média no último candidato colocado.

Na lista dos 15 cursos com médias mais elevadas estão ainda Bioengenharia na Faculdade de Engenharia do Porto e Engenharia Física Tecnológica no Instituto Superior Técnico.

Quadro 1ª fase médias ensino superior 2023

Mas são também os cursos de engenharia que dominam entre os cursos que ficaram desertos, sem candidatos colocados. Há 38 cursos, a maioria em institutos politécnicos, nestas condições. A lista disponibilizada permite também perceber que nesta fase há 144 cursos que colocaram apenas 25 alunos ou menos.

Entre os cursos menos procurados e com mais vagas livres estão os do Instituto Politécnico de Bragança, que ficou com 944 lugares disponíveis, o de Viseu, com 462 e o de Braga, com 339 lugares. Ainda assim, várias instituições do interior aumentam o número de colocados face ao ano anterior, nomeadamente o IP Beja, IP Castelo Branco, IP Guarda, IP Santarém, IP Viana do Castelo, UÉvora, UTAD e U.Madeira.

Com mais vagas, as universidades de Lisboa, Porto e Coimbra foram as que abriram mais colocações para a primeira fase do acesso ao Ensino superior, com 7.424 lugares, 4.706 e 3.396, respetivamente. Foram também as mais desejadas, com mais alunos a escolherem os seus cursos como primeira opção. Segundo a informação, 9.066 candidatos a escolher a Universidade de Lisboa em primeiro lugar e 7.576 a Universidade do Porto.

A lista de colocações pode ser consultada no site da DGES , assim como a tabela com as médias e o número de colocados em cada curso, e as vagas que sobraram.

As matriculas dos novos alunos começam hoje e podem ser libertadas mais vagas caso alguns alunos queiram mudar de opção ou esperar pela segunda fase do concurso, que decorre até 5 de setembro. Só no dia 4 de setembro ficam publicadas as vagas que não são ocupadas na primeira fase.

De notar ainda que nas áreas de competências digitais foram colocados 7.261 estudantes. Os cursos apoiados pelo PRR que reforçam a a formação superior inicial e o número de graduados em áreas STEAM (Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) em regiões de menos procura também aumentaram com 7,623 alunos colocados.