A nave Crew Dragon Endurance da SpaceX e os quatro astronautas que formam a Crew-7 estão de regresso à Terra depois de seis meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês).

Andreas Mogensen, Satoshi Furukawa, Konstantin Borisov e Jasmin Moghbeli desacoplaram ontem do laboratório orbital de pesquisa para regressarem à Terra esta terça-feira, após uma viagem de cerca de 18 horas e meia. A nave Crew Dragon Endurance fez "splashdown" no Golfo do México pelas 05h47 locais (09h47 em Lisboa), com a reentrada na Terra a ficar registada numa transmissão ao vivo da NASA.

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A nave onde se encontram os astronautas foi recuperada com sucesso, a cerca de 30 minutos após o "splashdown", sendo colocada no navio de recuperação da SpaceX. Com a escotilha finalmente aberta, após as últimas verificações de segurança, os astronautas puderam dar início ao processo de saída da nave, auxiliados pelas equipas da SpaceX. A equipa da Crew-7 será depois transportada, após a realização de algumas verificações médicas, para o NASA Johnson Space Center, em Houston.

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A tripulação da Crew-7 realizou várias experiências, incluindo a recolha de amostras durante uma caminhada espacial para determinar se a ISS liberta microrganismos pelos respiradouros do sistema de ventilação. Outra avaliou como a microgravidade, que acelera o envelhecimento, afeta a regeneração do fígado.

Tal como o nome indica, a Crew-7 é a sétima missão de rotina da NASA com a SpaceX na plataforma orbital, com a primeira a ser realizada em 2020.

Recorde a chegada da Crew-7 à Estação Espacial Internacional

A operação mais recente, a Crew-8, partiu rumo à ISS a 3 de março, a bordo da nave Crew Dragon Endeavour, seguindo à "boleia" de um foguetão Falcon 9 da SpaceX. A missão é composta pelos astronautas Matthew Dominick, Michael Barratt e Jeanette Epps (NASA), assim como por Alexander Grebenkin (Roscosmos).

Como explica a NASA, a equipa vai realizar um novo conjunto de experiências científicas a bordo da ISS, que incluem, por exemplo, o uso de células estaminais para estudar doenças degenerativas, ou estudo dos efeitos da microgravidade e raios UV em plantas a um nível celular.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 11h06)