Os sistemas de inteligência artificial têm evoluído, tornando-se cada vez mais eficazes a gerar fotos e vídeos. E são cada vez mais os exemplos de vídeos gerados por IA que se tornam difíceis de distinguir com a realidade, bastando introduzir uma simples frase. As tecnológicas continuam a trabalhar no contexto da Inteligência Artificial Geral (AGI na sigla inglesa), que é a capacidade de os sistemas de IA pensarem ao nível humano. Quando ou quem conseguirá alcançar esse nível tecnológico ainda não se sabe.

Mas Ben Goertzel, um conhecido matemático, fundador da SingularityNET, afirmou que a inteligência artificial iria ultrapassar os humanos em 2027. Ou seja, com a rapidez com que a tecnologia tem vindo a evoluir, os sistemas AGI, que replicam a cognição humana vão estar disponíveis em três anos. Isto quer dizer que os bots podem atingir feitos a nível de engenharia e ciência ao nível superhumano, disse ao The Mirror.

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O cientista é conhecido pela sua visão do futuro e capacidade de “prever” o impacto que a tecnologia, neste caso a IA tem na humanidade. De recordar que vários anos antes da explosão da IA generativa, Ben Goertzel já falava em como a inteligência artificial iria roubar os empregos às pessoas, na sua passagem por Lisboa no Web Summit, em 2017, acompanhado pelo robot Sophia.

O seu projeto SingularityNET pretende descentralizar e democratizar toda a economia baseada em IA, estabelecendo-se como uma plataforma que permita todas as tecnologias comunicarem e contribuírem para o benefício da humanidade. Durante uma conferência dedicada ao tema dos benefícios da AGI, o cientista apontou a chegada desta tecnologia avançada entre os próximos três a oito anos. Primeiro como uma AGI ao nível humano e nos anos seguintes uma versão superhumana da inteligência artificial.

Outras das suas previsões foca-se na capacidade um simples computador alcançar a habilidade de um cérebro humano até ao final da corrente década. No seu discurso, refere que até 2029/30, iremos testemunhar um computador a ultrapassar a capacidade de um cérebro humano, mas 10 ou 15 anos depois, um único computador vai ter mais capacidade de processamento que toda a sociedade humana junta.

Atualmente ainda existe alguma dificuldade para os humanos compreenderem o crescimento exponencial da AGI, porque os sistemas atuais requerem a combinação com novas invenções para acontecer. Mas vai haver um marco significante quando os bots tiverem a capacidade de se desenvolver e criar versões melhoradas de si, sem a necessidade de inputs dos developers. Esta fase é a chamada singularidade em inteligência artificial que tem sido especulada, explica o cientista ao The Mirror.

Na sua visão, a tecnologia chegará a um ponto em que conseguirá desenhar e escrever código bem o suficiente para melhorar-se e escrever versões subsequentes, a tal singularidade tecnológica. E quando isso acontecer, será necessário criar salvaguardas e que as atuais restrições da tecnologia não são fortes o suficiente.