O metaverso pode ter "perdido" algum do destaque que tinha enquanto tópico badalado no mundo da tecnologia, mas há ainda quem o considere relevante. Veja-se o caso da Finlândia que, recentemente, anunciou que se quer tornar num líder global na indústria do metaverso. 

Países como China, Japão, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos já começaram a trabalhar em estratégias semelhantes. Na União Europeia, a aposta da Finlândia quer afirmar-se como a primeira estratégia nacional para o metaverso avançada por um Estado-membro.

O projeto, iniciado pela organização governamental Business Finland, arrancou em abril deste ano e reúne uma comunidade de mais de 400 membros, entre organizações governamentais e de investigação, grandes empresas e PME.

Como detalhado num comunicado oficial, para a Finlândia, o objetivo passa por desempenhar um papel central no futuro das experiências digitais. O foco está no desenvolvimento ético e responsável do metaverso, dando prioridade à privacidade, segurança dos utilizadores e considerando o seu impacto na sociedade.

De acordo com um relatório partilhado pelo projeto, espera-se que o volume de negócios gerado pela indústria do metaverso possa ultrapassar a marca dos 30 mil milhões de euros em 2035, data até a qual o país ambiciona se tornar num líder global nesta área.

A estratégia finlandesa passa por abrir espaço no metaverso para um ecossistema diverso e dinâmico, capaz de ligar diferentes intervenientes e setores económicos, sem  esquecer questões como regulação e cibersegurança.

Privacidade, segurança e design inclusivo no Metaverso. Relatório mostra necessidade e evolução
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O país quer também assegurar que o metaverso é inclusivo e acessível a todos as pessoas. Nesse sentido há também uma aposta na literacia digital, de modo a familiarizar os cidadãos com as tecnologias que compõem esta junção entre mundos virtuais e físicos.

Para conseguir alcançar os objetivos delineados na estratégia, a Finlândia aposta nos programas Metaverse in Action, centrados em cinco áreas específicas e que terão início em 2024. Entre as áreas-chave apontadas pelo projeto incluem-se o desenvolvimento e inovação das plataformas para o metaverso; a criação de redes de negócios e empreendedorismo; e a resolução de desafios em áreas como sociedade, saúde e indústria.