Tal como aconteceu durante a invasão da Rússia à Ucrânia, as tecnológicas Google e Apple desativaram os sistemas de atualização em tempo real para as suas aplicações de mapas em Gaza e Israel. Segundo avança a Bloomberg, o pedido para anular o feed de trânsito nas aplicações terá sido feito pelo exército de Israel, o que poderá significar o avanço do exército por terra em Gaza. Fontes próximas do jornal afirmam que o trânsito ao vivo poderia revelar os movimentos das tropas israelita.

Em comunicado, um porta-voz da Google diz que “tal como fizemos anteriormente em situações de conflito e em resposta à evolução da situação na região, desligámos temporariamente a possibilidade de ver as condições de tráfego ao vivo e informações de negócios pela segurança das comunidades locais”.

A decisão de desligar o feed de trânsito em tempo real no Maps e Waze não afeta os sistemas de navegação dos utilizadores, que vão continuar a receber as estimativas dos tempos de chegada ao destino, disse a Google à Bloomberg. A Apple não comentou o assunto, mas o website israelita Geektime reporta que também procedeu da mesma forma.

De recordar que a Internet continua a falhar na Faixa de Gaza, com o tráfego abaixo de 80% em comparação com período antes do ataque a Israel. No norte de Gaza, o acesso à internet está em nível residual. Nem mesmo as ajudas humanitárias com a fronteira com o Egito trouxeram mudanças ao padrão de utilização desde o ataque do Hamas a Israel.

O ataque do grupo islamita Hamas, lançado a 07 de outubro contra Israel, tem gerado polémica pelos comentários de várias figuras públicas. O ataque fez cerca de 1.400 mortos e, em resposta, Israel tem vindo a bombardear várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco ao território com corte no abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já causou a morte de pelo menos 4.385 palestinianos na Faixa de Gaza, de acordo com os números divulgados pelas autoridades de saúde de Gaza.

As imagens captadas por satélites mostram o impacto no terreno.