Para o próximo dia 25 de Novembro está marcada nova assembleia de credores da Qimonda da qual sairá uma decisão definitiva para a empresa. Na edição de hoje o Diário Económico avança que a nova Qimonda, que sairá desta reunião com um capital social de 30 milhões de euros e um número de funcionários bastante inferior ao da Qimonda Portugal, ficará nas mãos do Estado e das entidades bancárias credoras.




A AICEP terá uma posição de 12 por cento no capital da nova empresa que ficará parqueada no tesouro, revelou ao diário Basílio Horta, presidente do organismo. O mesmo responsável também afirma que passará para esta nova Qimonda a obrigação de devolver ao Estado alguns dos incentivos cedidos à Qimonda Portugal. O BES e o BCP serão os principais accionistas do novo projecto.




Já hoje, o dia é decisivo para a chamada Qimonda Solar, a Itarion. Com assembleia de credores marcada, pode estar por horas o desfecho da empresa. O Diário Económico assegura que a gestora de insolvência à frente da empresa aponta no seu relatório final para a decisão de fecho da companhia e consequente venda dos activos. A recomendação terá de ser votada pelos credores BES, BCP, construtora Casais e dois dos 15 trabalhadores da empresa.




Recorde-se que a Itarion nasceu de uma parceria entre a Qimonda (accionista maioritária) e a empresa alemã Centrosolar e quando a primeira entrou em colapso estavam ainda em construção as instalações onde a parceria iria desenvolver o grosso do negócio.




A mesma fonte aponta como potenciais interessados para a compra dos activos que serão vendidos se a empresa fechar, o consórcio constituído pelo BES, BCP, EDP, DST, Visabeira, InovCapital e BPA que já tinha mostrado interesse nas instalações em construção para avançar com uma fábrica de painéis solares.




O consórcio chegou a negociar com a Centrosolar mas não conseguiu acordo para, por essa via, fazer avançar o projecto que prevê um investimento de 50 milhões de euros e a criação de 150 a 200 postos de trabalho.