A HP acaba de apresentar um dos piores resultados financeiros da sua história, com perdas de 8,9 mil milhões de dólares (cerca de 7 mil milhões de euros) no terceiro trimestre de 2012. As receitas cairam 5% com a quebra de vendas de impressoras e PCs mas o maior peso para os resultados negativos vem de uma redução dos custos de inventário do sector de serviços, que resulta da aquisição da EDS.

No trimestre que terminou a 31 de julho a HP somou vendas de 29,7 mil milhões de dólares, um valor abaixo das expetativas que apontavam para os 30 mil milhões. Na presentação dos números Meg Whitman, CEO da HP, defendeu que a empresa ainda está a dar os primeiros passos na implementação da nova estratégia e que fez progressos "decentes" apesar do cenário económico difícil.

Só no novo grupo de Personal Systems, que inclui computadores e impressoras, e HP apresentou uma quebra de 10% face ao mesmo período do ano passado, quando os resultados da empresa apresentaram lucros de 1,9 mil milhões de dólares.

Os resultados na área de PCs ficaram abaixo do que era previsto, pressionados pela redução de vendas de equipamentos, a conjuntura económica e a pressão concorrencial. Recorde-se que ainda no ano passado a direção da HP chegou a considerar a possibilidade de alienar este negócio por ser pouco rentável.

Em conferência com os analistas Meg Whitman mostrou-se porém otimista em relação à recuperação no negócio dos PCs, afirmando que a empresa está a preparar o melhor alinhamento de sempre, com um tablet Windows 8 para empresas e Ultrabooks para consumidores, procurando defender a liderança do mercado.

No âmbito da reestruturação da empresa que está em marcha, a HP tenciona dispensar 8% dos seus colaboradores até outubro de 2014, o que corresponde a 27 mil postos de trabalho. Mas de 11.500 colaboradores devem abandonar a empresa ainda durante este ano fiscal, que termina em outubro.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico