O Linkedin vai despedir 716 colaboradores e descontinuar a aplicação que tinha lançado especificamente para o mercado chinês. Como cerca de 20 mil empregados a nível global, o LinkedIN é detido pela Microsoft, e explica a nova decisão com a “concorrência feroz e um clima macroeconómico desafiante”, conforme detalha o CEO Ryan Roslanky, numa carta divulgada esta segunda-feira.

A decisão do Linkedin foi conhecida no mesmo dia em que a Microsoft Portugal também confirmou que vai avançar com um despedimento coletivo de colaboradores em Portugal, já depois de no início do ano ter anunciado que ia fazer sair da empresa cerca de 10 mil colaboradores a nível global.

Voltando ao LinkedIN, a empresa garante que continuará a investir em áreas de crescimento e explica, na mesma carta onde divulgou os despedimentos e o fim da app vocacionada para o mercado de emprego na China, que vai abrir 250 novas vagas, já a partir do dia 15 de maio.

A versão chinesa do LinkedIN é o InCareer que foi lançado em dezembro de 2021, pouco depois de a empresa ter decidido deixar de disponibilizar o LinkedIN na China. O serviço será agora completamente descontinuado até 9 de agosto.

Na altura, a saída do LinkedIn do mercado chinês e o lançamento de uma aplicação local própria foram justificados pelo “ambiente operacional significativamente mais exigente e pelos maiores requisitos de conformidade" no país, como recorda agora o TechCrunch.

O inCareer no entanto, nunca conseguiu destacar-se face a concorrentes locais de grande peso, como o Maimai, também orientado para o mercado de emprego e com 120 milhões de utilizadores.

O LinkedIN garante que não pretende abandonar a China. Está apenas a mudar, novamente, de estratégia para abordar aquele mercado. Ao mesmo tempo, decidiu fazer novos ajustes à estratégia global e adaptar a dimensão das equipas a condições de mercado que prometem continuar a ser desafiantes nos próximos trimestres, estima a empresa.