As vendas de PCs continuam em baixo de forma e a IDC admite já que o ano de 2012 não será brilhante, mas estende o seu pessimismo até 2016. A crise económica, a redução do crescimento nos mercados emergentes e a expectativa dos consumidores pelo novo sistema operativo da Microsoft estão entre os fatores apontados pela consultora para este resultado.

O relatório que a IDC acaba de revelar mostra que, globalmente, o mercado de PCs só deverá crescer 0,9%, numa subida mínima face a 2011 e pelo segundo ano consecutivo abaixo dos 2%. Para a redução das previsões do ano de 2012 contribuíram os resultados do segundo trimestre, abaixo do esperado.

O pessimismo estende-se aos próximos três anos, com a IDC a baixar também as previsões de crescimento para 2013-2016 para os 7,1%, quando antes apontava para uma taxa anual composta de 8,4% entre 2012-2016.

Os consumidores estão expectantes em relação ao Windows 8 e aos Ultrabooks e à sua comparação com outros produtos, como tablets e smartphones, o que não contribui para aumentar as vendas. A IDC admite que os lançamentos previstos para o final do ano deverão servir para "reanimar" o sector mas que o ambiente será mais competitivo, podendo confundir os consumidores em relação às funcionalidades dos produtos.

Apesar da expectativa de recuperação económica, os clientes vão manter-se cautelosos nas compras e na decisão de substituição de produtos mais antigos.

Para os Estados Unidos está prevista uma quebra de vendas de 3,7%, com o mercado a diminuir pelo segundo ano consecutivo. Não foram divulgadas as previsões para a Europa, mas nos "mercados maduros", que incluem os Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental e Japão, a quebra prevista no mercado dos PCs é de 1,2%, sendo mais pronunciada nos portáteis.

[caption]Quadro IDC[/caption]

Reproduzimos também abaixo o quadro com as previsões até 2016, nos mercados emergentes e mercados maduros, diferenciadas para desktops e portáteis.

[caption]gráfico IDC[/caption]


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador