
O comunicado enviado às redações refere que o acordo agora assinado entre as duas empresas "abrange a partilha recíproca de fibra escura em cerca de 2,6 milhões de casas, em que cada uma das entidades partilha com a outra um valor equivalente de investimento". A parceria não se limita às ligações a casa dos clientes e abrange ainda o suporte da infraestrutura da rede móvel da NOS e Vodafone, assegurando "a partilha mínima de 200 torres móveis", refere-se.
Contas feitas, com o acordo a cobertura da rede fixa da NOS vai ultrapassar os 4,4 milhões de casas passadas até ao final de 2018, "integralmente capacitadas para disponibilizar serviços Gigabit", adianta o comunicado.
Apesar da partilha da rede, as empresas vão continuar a ter autonomia no desenho das ofertas comerciais, e na escolha das soluções tecnológicas a implementar. A gestão da base de clientes será também independente, com confidencialidade no tratamento de informação dos consumidores, refere o comunicado.
A partilha de infraestruturas de rede era um pedido antigo das operadoras, que queriam que a Portugal abrisse o acesso à sua rede de fibra alegando critérios de racionalidade económica e sustentabilidade que evitava a duplicação de investimento, mas a Anacom não cedeu nessa solicitação, nem depois de pressões de Bruxelas.
Recorde-se que a Vodafone já tinha feito um acordo de partilha de rede com a Portugal Telecom em 2014 para chegarem a mais 900 mil casas, mas que não teve continuidade já que a dona da MEO decidiu avançar sozinha. Em 2016 a empresa exerceu o seu direto de opção e comprou a rede de FFTH da Optimus, que estava já integrada na NOS depois da fusão com a Zon, que viria a dar origem à NOS.
Ainda este mês a MEO tinha comunicado que já chegava a 4 milhões de casas depois de um plano ambicioso de alargamento da cobertura de rede a todo o país que pretende chegar aos 5,3 milhões de habitações até 2020.
Nota da Redação: foi adicionada informação
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