O efeito das tarifas de Trump está a deixar em suspenso o mercado de smartphones e a levar os intervenientes a serem cautelosos nas previsões. A Counterpoint acompanha a IDC na revisão em baixa das previsões de vendas. Na Europa o cenário é de crescimento.
A IDC reviu em baixa as previsões de vendas para o mercado global e smartphone. As novas estimativas cortam o valor para cerca de um quarto do anterior.
O efeito das tarifas Trump continua por confirmar, até porque em vários casos o momento é de pausa, mas os primeiros meses do ano mostram que as vendas de computadores estão a ser menos afetadas que o previsto pelo clima de incerteza.
As contas dos primeiros três meses do ano estão fechadas e mostram que as vendas de tablets resistiram à incerteza das tarifas americanas e ganharam com o entusiasmo dos chineses no fim de ano lunar. O futuro pode ser menos risonho.
No mesmo dia, duas análises ao mercado de smartphones apontam para lideranças diferentes. A IDC coloca a Samsung na liderança e a Counterpoint dá o primeiro lugar à Apple. Quais são as diferenças?
O mercado de bens tecnológicos de consumo deve crescer globalmente 2% este ano, com o setor IT a impulsionar, depois de ter regressado ao crescimento em 2024, diz o diretor-geral da GfK Portugal.
As vendas de dispositivos com suporte para realidade virtual ou aumentada cresceram 10% no ano passado, mas 2025 não deve replicar a tendência. Será um ano de pausa antes de um 2026 explosivo.
As vendas de telemóveis na China continuam a abrandar e as remessas de equipamentos fabricados noutros países abranda ainda mais. O prejuízo é proporcional à posição naquele mercado e isso não são boas notícias para a Apple.
Sales Agent e Sales Chat são as mais recentes adições da Microsoft ao 365 Copilot. Em paralelo surge também o novo programa AI Accelerator for Sales, para ajudar as empresas a otimizarem processos de vendas com inteligência artificial.
As tarifas Trump, a incerteza económica e o fim do impulso do ciclo de renovação acelerado pelo Windows 11 não terão efeitos positivos no crescimento do mercado de PCs a médio prazo. E ainda menos nos tablets.
Produto, inovação e melhoria de experiência de utilizador. Estas são as áreas onde a OPPO vai reforçar o investimento na Europa, nos próximos três anos, mas Billy Zhang não quer traçar metas de vendas nem de quota de mercado.
O ano que passou foi positivo para os fabricantes de tablets, com as vendas globais a avançarem mais de 9%. A Apple continua a dominar o mercado mas, tal como noutros segmentos, a concorrência chinesa está a ganhar terreno.
A Apple conseguiu aguentar o primeiro lugar no ranking mundial de vendas de smartphones em 2024, mas a concorrência chinesa continua a ganhar terreno. A Xiaomi conseguiu melhorar a quota de mercado em 15%.
A Apple conseguiu vender mais smartphones que a concorrência no período do Natal na China, mas não chegou para salvar um ano que marca a reconquista do top de vendas por marcas locais.
A Samsung e a Apple continuam a dominar o mercado de telemóveis, mas a “invasão” chinesa é que ditou as regras do mercado em 2024, um ano que terminou como começou: com as vendas de dispositivos móveis a crescerem.
O crescimento do mercado de PC foi marginal e nem animou no último trimestre do ano, habitualmente um dos períodos mais fortes. Para 2025 a IDC admite que não há uma perspectiva clara, mesmo com a inovação da Inteligência Artificial.
A Associação da Eletrónica de Consumo nos Estados Unidos aproveitou a CES para mostrar as contas ao impacto das taxas que Donald Trump tem anunciado que vai aplicar a vários países e indústrias, quando chegar à Casa Branca. E as contas ao ano promissor que será 2025, sem isso.
As vendas de computadores e tablets vão crescer 3,8% este ano, com os tablets a contribuírem mais para o avanço. Já nos computadores, pesa mais o aproximar do fim do suporte ao Windows 10 do que os esperados PCs com capacidades de IA.
Em ano de grandes inovações vão ser os modelos de baixo custo a impulsionar as vendas de smartphones como há anos não se via. A IA Generativa continua a ser a grande promessa para voltar a revolucionar a experiência móvel, mas para já mantém o estatuto de promessa…por concretizar.
