Como detalhado em comunicado oficial, as orientações agora emitidas apoiam a proibição, por parte das escolas, do uso de smartphones ao longo de todo o período escolar, incluindo nos intervalos entre as aulas.

O governo britânico afirma que as medidas que já estão a ser tomadas pelas escolas estão a ter bons resultados e que o novo conjunto de orientações vai permitir uma abordagem mais consistente entre instituições de ensino.

A decisão fará com que o Reino Unido esteja em linha com outros países que já avançaram com medidas para limitar o uso de smartphones nas escolas, como França, Itália ou Portugal, realça o governo britânico. As orientações contam com várias abordagens que as instituições de ensino podem seguir.

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Aqui incluem-se, por exemplo, proibições totais de smartphones, mas também abordagens em que é exigido aos alunos que entreguem os seus telemóveis no início do dia, com os equipamentos a serem devolvidos no final das aulas. As escolas poderão também optar por permitir que os estudantes fiquem com os telemóveis, mas sob a condição de não os utilizarem.

Os alunos não são os únicos com restrições no uso de smartphones e há também orientações relativas aos professores. Os pais terão de ser informados acerca das medidas tomadas, de modo a que contactem os seus filhos através das secretarias das escolas.

No entanto, em declarações à imprensa britânica, Geoff Barton, secretário-geral da Association of School and College Leaders (ASCL) afirma que a mais recente iniciativa do governo não fará grande diferença, porque não trata do cerne da questão, isto é, o acesso dos mais novos a plataformas online onde encontram conteúdo extremo e perturbador.

Citado pela BBC, o responsável relembra que a maioria das escolas já proíbem ou restringem o uso de telemóveis, defendendo que o governo atuaria de uma melhor forma se reunisse esforços para responsabilizar as plataformas online.

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Em linha com Geoff Barton, ativistas como Ian Russell e Beeban Kidron defendem que a proibição do uso de telemóveis nas escolas não fará nada para tornar as redes sociais e plataformas online mais seguras para as crianças e jovens, avança o The Guardian.

Recorde-se que, no final do ano passado, o Online Safety Act tornou-se oficialmente lei, no Reino Unido. A lei traz novas regras com um foco em particular no combate aos conteúdos ilegais, às fraudes online e à partilha de fotos íntimas sem consentimento.