Os pirilampos do 5G em Portugal… e no mundo
O ano de 2019 promete dar início à quinta geração móvel, mas o processo está longe de concluído, pelo menos em Portugal. As primeiras fabricantes de smartphones vão lançar no mercado, nos próximos meses, os seus equipamentos 5G, sobretudo nos mercados, ou melhor, nas cidades que vão ser pioneiras a oferecer o sinal.
Portugal tem boas infraestruturas, tem uma rede de fibra ótica competitiva, mas tem um problema que mais nenhum mercado encontrou: o espectro dos 700 Mhz alocados atualmente, ou pelo menos até junho, à Televisão Digital Terrestre. Tal como Alberto Souto de Miranda, o Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, referiu ao SAPO TEK, o processo de migração estará concluído em breve, sem prejudicar os utilizadores do TDT. Mas ainda assim, o Governo prefere esperar um pouco mais para que a Anacom conclua o processo de concurso/leilão que seja favorável a todos os intervenientes.
Do lado das operadoras tudo parece estar a postos e esta semana algumas empresas de telecomunicações fizeram as suas demonstrações do potencial do 5G. A NOS aproveitou o Portugal Smart Cities Summit para demonstrar a sua infraestrutura de rede 5G com uma pista de carros de bombeiros comandados à distância por realidade virtual. A Vodafone levou uma comitiva de jornalistas para o Minho para apresentar a “primeira ligação transfronteiriça 5G do mundo em mobilidade”. Para tal, colocou um jogador de eSports a fazer uma partida de demonstração, provando que as ligações não sofrem com problemas de latência ou quebras de servidor, na passagem da fronteira entre Portugal e Espanha. Mesmo ao nível internacional, já foram reveladas datas de arranque para a venda comercial do 5G, como o caso do Reino Unido a 30 de maio para algumas cidades, ou o caso da China que optou pelo dia 1 de outubro, mas numa promessa de cobertura de todo o território chinês.
Quem continua em “sarilhos” é a Huawei, que tem visto a proibição da administração de Donald Trump a causar graves repercussões. Se a Microsoft retirou, de forma silenciosa, os portáteis da fabricante chinesa da sua loja online, o corte de ligações com a Google pode ditar quebras imagináveis à Huawei. Ainda que a empresa tenha planos de contingência, tais como um sistema operativo próprio para os seus smartphones e tablets, assim como um “balão de oxigénio” para os próximos três meses pelo stock de componentes que amealhou; os analistas já preveem quebras acentuadas de encomendas de dispositivos na casa dos dois dígitos.
Apesar da Huawei e o 5G serem os temas dominantes da semana, há muito para descobrir no mundo da tecnologia: drones, veículos autónomos, videojogos, inteligência artificial, e muitos outros assuntos.
Boas leituras e bom fim-de-semana!
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