Já se começam a sentir as repercussões da ação executiva do governo de Donald Trump contra as empresas chinesas, nomeadamente a utilização de equipamentos nas empresas de telecomunicações. Esta medida levou a que gigantes tecnológicos como a Google cortassem ligações com a Huawei, em plena guerra comercial entre Estados Unidos e China, que parece não ter final à vista.
Apesar dos planos de contingência da Huawei, nomeadamente os três meses de stock de componentes e a introdução de um sistema operativo interno para substituir o Android, o certo é que a gigante chinesa começa a sofrer na prática os efeitos da proibição. Segundo um relatório da Strategy Analytics, via Gizchina, as encomendas e entregas da Huawei poderão cair até 24% em 2019. Os especialistas referem que os equipamentos da gigante chinesa estão em risco no ocidente sem a autorização de utilização dos serviços mobile da Google.
Segundo o relatório, se a proibição se mantiver, as encomendas dos smartphones da empresa chinesa irão cair 24%, relativamente a 2018. E mesmo em 2020 a queda irá manter-se, na ordem dos 23%. A proibição de Donald Trump vai dificultar o acesso a componentes e software produzidos por empresas americanas que são vitais para o seu funcionamento, sobretudo os produtos da Google. O relatório menciona, no entanto, que estas medidas não terão impacto no mercado chinês.
O documento dá ainda conta que o declínio da Huawei irá beneficiar a Samsung e a Apple no mercado ocidental, assim como outras fabricantes chinesas como a Xiaomi, Oppo e a Vivo.
Apesar do “vento pouco favorável” à Huawei, os especialistas acreditam que a empresa irá dar a volta à situação atual, sobretudo num contexto em que a proibição irá acelerar o departamento de investigação e desenvolvimento da empresa chinesa para criar alternativas à dependência dos componentes americanos.
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