As lâmpadas inteligentes não são equipamentos recentes. Já estão no mercado há alguns anos, mas para a maioria dos consumidores são dispositivos cujas potencialidades são desconhecidas. Verdade é que nem todos os utilizadores terão a necessidade ou a curiosidade de ter uma lâmpada inteligente. Mas conforme os meses vão passando, a tecnologia vai ficando mais aprimorada e o preço dos equipamentos também baixa.
O esforço de investimento numa smart bulb é agora menor e daqui para a frente será ainda mais simpático. Este é um mercado onde a Philips é o grande nome a ter em conta, através da linha de lâmpadas Hue. Mas não é o único. A Elgato também tem uma proposta: chama-se Avea e pode ajudá-lo a tornar a sua casa mais acolhedora e dinâmica, além de poder contribuir para uma redução do consumo energético.
Porque devem então os portugueses olhar para este produto e para este segmento de mercado?
Um ambiente ajustado ao seu ritmo
Possivelmente tem mais do que um televisor em casa. Uns melhores do que outros. Ao nível dos smartphones idem: alguns equipamentos são mais potentes do que outros. E que tal pensar da mesma forma para as lâmpadas? São tantas as que tem lá em casa que se tiver uma mais inteligente do que as outras só terá de tirar todas as vantagens provenientes do produto.
Uma lâmpada inteligente serve teoricamente para todas as divisões da casa, mas na prática não cumpre esta promessa. Uma smart bulb fica bem na sala ou no quarto, espaços onde a pessoa passa os seus momentos mais íntimos - no sentido do conforto do lar. Ter uma lâmpada tão dinâmica numa dispensa seria desajustado, por exemplo.
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A maior funcionalidade é a possibilidade de a lâmpada assumir diferentes cores. Pode funcionar como uma lâmpada normal, em branco frio ou em amarelo, mas também pode emitir luz azul, vermelha, verde, rosa, roxa e em muitas tonalidades que ficam no meio destas cores.
Está uma noite fria e tem o aquecedor ligado? Coloque um tom avermelhado na lâmpada. Está a sentir-se mais zen e até optou por um jantar mais leve? Quando estiver a descansar pode por exemplo apostar em tons verdes.
A melhor parte é que tudo pode ser controlado à distância com o apoio de um smartphone ou tablet. Se por ventura fartar-se de uma determinada cor, então basta pegar no dispositivo móvel, mudar a tonalidade ou desligar de vez o equipamento.
Outro elemento positivo é o facto de a maioria destes equipamentos poder funcionar como despertador. O utilizador define a hora a que quer acordar e quando o horário estiver a aproximar-se, a iluminação da smart bulb vai aumentando gradualmente para estar à intensidade máxima quando assim o planeou. Nada de despertares brutos, tudo é feito de forma suave e integrada com as vontades do utilizador.
Por norma estas lâmpadas têm consumos energético simpáticos, mas esta é uma avaliação que já varia de modelo para modelo. E é aqui que começamos a detalhar a Elgato Avea em específico.
A normalidade de uma lâmpada, a extravagância de cada um
A smart bulb Avea é ao nível do aspeto semelhante a outras lâmpadas do mercado. Os elementos que se destacam são talvez o tamanho mais generoso e a robustez do produto, tanto ao nível do vidro usado, como no casquilho. Durabilidade e fiabilidade são duas sensações que este equipamento transmite apenas com o seu design e construção. Mas no aspeto geral não difere muito das lâmpadas que trazemos lá por casa.
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A lâmpada da Elgato é muito fácil de instalar. Apenas tem de colocar a lâmpada no sítio que pretende, ligar o Bluetooth do dispositivo móvel e descarregar a aplicação própria. Tão simples quanto isto.
E a simplicidade do ecossistema também se aplica à aplicação móvel que não tem mais do que meia dúzia de opções. Na página inicial o utilizador vai encontrar perfis de utilização já definidos que tentam representar diferentes situações.
Ao todo são sete os modos de iluminação pré-definidos: num dos quais são imitados os efeitos das auroras boreais, brilhando em cores diferentes, enquanto um outro modo pretende imitar o efeito das chamas de uma lareira.
O utilizador pode depois optar por cores sólidas e escolher não só o grau de luminosidade, como a vivacidade da cor. Isso permite um maior leque de cores e tonalidades, mas é um leque que não é muito abrangente. Ou seja, existem muitas cores à escolha, mas as opções acabam por ser limitadas na mesma.
A possibilidade de controlo de aspetos da iluminação é algo positivo porque, por exemplo, quando começa a ver um filme pode querer um azul forte, e mais para o fim um azul mais fraco. Não há uma opção automática para este fade out e isso devia estar pensado. A Elgato também devia ter sido mais ambiciosa nos modos de iluminação automáticos ao criar um que fosse dedicado ao cinema e outro para festas, a título de sugestão.
Um dos aspetos mais positivos na Avea é o facto de ser muito rápida a responder às mudanças de cores feitas pelo utilizador. Isto quer dizer que a comunicação com o dispositivo faz-se de uma forma muito satisfatória e neste ponto de vista não há falhas a apontar.
A aplicação móvel do sistema em si acaba por ser um pouco pobre e isso é preocupante pois é por ali que tudo se controla. Se a app nao é apelativa, é meio caminho andado para refrear os ânimos dos utilizadores relativamente a algo que devia ser divertido e que devia estar em consonância com o estado de espírito de cada um.
Muito negativo também é o facto de neste momento a Avea apenas ser compatível com dispositivos iOS, o que deixa de fora o sistema operativo móvel mais usado do mundo - o Android. Perdem os utilizadores, por estarem limitados na escolha, mas perde também a Elgato ao não querer atacar um mercado mais abrangente. No entanto acredita-se que será uma questão de tempo até que esta situação sofra alterações.
O camaleão das lâmpadas
Se for esse o seu desejo, também pode usar a Avea como uma lâmpada normal. No seu estado natural o dispositivo apresenta-se com luz branca e tem um consumo energético de 7 KwH a cada mil horas de utilização. O certificado energético é o A, o que mesmo sendo melhor do que muitas lâmpada que os portugueses usam em casa, podia ser um pouco mais ambicioso e poupado.
Esta lâmpada LED consegue atingir os 430 lumens de intensidade, o suficiente para iluminar uma sala ou quarto de média dimensão. Se for uma sala de jantar ou uma garagem para festas, pode usar na mesma a Avea, mas numa posição mais pensada para dar ritmo ao ambiente e não para ser a única responsável pela iluminação.
Os aspetos técnicos da Avea também fazem dela um bom "despertador". Há um modo que faz com que a lâmpada se vá ligando à medida que a hora de acordar se aproxima. No entanto implica algumas contrapartidas como deixar o interruptor da luz ligado - mas a lâmpada fica desligada através da app - e o iPhone/iPad com o Bluetooth ativo. Uma vantagem desta ligação é o facto de o software usar o dispositivo móvel para emitir sons de despertar, seja cantos de pássaros ou uma musica à escolha da pessoa.
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Mesmo não sendo a lâmpada mais ambiciosa e conectada da atualidade, a Avea cumpre satisfatoriamente na maoria das situações a que se propõe.
Considerações finais
As novas tecnologias podem de facto tornar uma casa mais inteligente e apelativa, mesmo olhando apenas para as pequenas appliances. Uma lâmpada que pode ser apenas uma lâmpada, mas que também lhe garante o conforto de poder apagar a luz da sala, caso se tenha esquecido, mesmo que esteja no quarto.
Não é revolucionário, mas são evoluções simpáticas que os consumidores podem ir descobrindo.
Sabendo que uma Philips Hue custa cerca de 60 euros, os 40 euros pedidos pela Elgato Avea são mais apelativos. No entanto a diferença de valor perde significado pelo simples facto de a lâmpada da Elgato não estar incluída num ecossistema mais amplo de software. As lâmpadas da Philips têm várias aplicações compatíveis com o seu sistema de iluminação, incluindo a do canal SyFy que ajusta a lâmpada ao conteúdo que está a ser transmitido.
Mas a questão também se prende com a dinâmica que um equipamento pode dar a uma casa. Aí o valor justifica-se. São 40 euros para um investimento a longo prazo. As vantagens - assim como os problemas - ficaram explícitos ao longo do texto, mas neste resumo final destaca-se de novo a simplicidade de configuração da Elgato Avea e dos seus controlos.
A empresa pode ser muito mais ambiciosa e para isso basta abrir o seu ecossistema ao Android. O poder dos programadores “caseiros” pode fazer muito por esta smart bulb como já fez, por exemplo, pelo Google Chromecast.
Se ainda não está entusiasmado com este segmento de tecnologia, basta esperar mais alguns tempos para ver o mercado a ficar mais dinâmico, evoluído e acessível.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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