A Samsung renovou o Galaxy A5. O modelo original tinha sido lançado em 2014 e a segunda versão chegou no início de 2016, com características melhoradas e um design mais sofisticado. A fabricante sul coreana escolheu o vidro (Gorilla Glass 4) e o metal para fabricar este modelo de corpo único.
O metal é usado nas margens, para fazer os contornos do equipamento. À frente e atrás há vidro, que garantem um aspeto elegante e robusto ao dispositivo, mas também uma superfície mais deslizante, que não convém apoiar mal noutras superfícies deslizantes que possam ajudar a projetar quedas. Nos primeiros contactos com o equipamento tanta suavidade deixa a ideia que manusear o equipamento num modo à prova de quedas não será uma tarefa fácil, mas conseguimos chegar ao final de duas semanas com uma taxa de acidentes muito inferior à dos acidentes aéreos, por exemplo.
Se está a pensar nas dedadas que um smartphone todo em vidro pode atrair é legítimo, nós também pensámos nisso e na verdade o vidro atrai dedadas, mas com algum cuidado é possível manter o equipamento com um aspeto bastante apresentável. Claro que de vez em quando convém dar uma limpeza no ecrã, sobretudo se usar o desbloqueio por padrão se não quer que o colega do lado descubra o seu código sem precisar sequer de se levantar da secretária.
Mas nesta segunda edição do Galaxy A5, o modelo dispõe de outras opções de autenticação para quem prefere manter trancado o acesso ao ecrã do smartphone. O leitor de impressões digitais é a opção mais interessante e pode ser usada a partir do botão Home, o único botão físico na frente do equipamento.
O sensor de impressões digitais é uma funcionalidade que a Samsung tem reservado aos modelos topo de gama e que só recentemente começou a expandir a outros equipamentos. O novo A5 foi um dos escolhidos e essa é uma das características que o aproximam de modelos mais caros da marca, como o Galaxy S6. Se estiver disposto a fazer algumas concessões em troca de um preço mais baixo vale a pena olhar para esta proposta da Samsung com atenção.
Ainda sobre o design desta nova versão do A5, ao botão físico na base o modelo junta-se o botão de bloqueio do equipamento e a ranhura para cartões (onde cabe um nano SIM e um microSD) do lado direito, os botões de volume do lado esquerdo e uma entrada jack e uma microUSB na base.
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Dura e dura… e dura
Na experiência de utilização do equipamento propriamente dita um dos destaques vai sem dúvida para a autonomia (2.900 mAh), que mesmo numa utilização intensiva não o vai deixar ficar mal. Esta é aliás outras das áreas onde o A5 6 compara bem com o Galaxy S6, que garante uma bateria de 2.550 mAh. O dispositivo também integra um sistema de carregamento rápido que faz realmente a diferença quando não tem muito tempo para ligar o smartphone à corrente e está com pouca bateria. Numa hora consegue recuperar cerca de metade da autonomia.
O desempenho do novo A5 é bastante satisfatório e a culpa é do processador octacore a 1,6 GHz. Isso sente-se na resposta a pedidos mais exigentes, ou na transição entre tarefas. Na navegação online a fluidez também dá nas vistas, graças ao suporte para LTE. Menos positiva é a opção da Samsung no que se refere à memória interna do equipamento, que só tem uma opção: 16 GB, sendo que para o utilizador estão disponíveis menos de 10 GB. A limitação pode ser compensada via cartão microSD até 128 GB. A RAM no modelo é de 2 GB
A câmara traseira do modelo tem um sensor de 13 megapixéis com uma abertura máxima de f/1.9 e estabilizador ótico de imagem. Há ainda uma câmara frontal de 5 megapixéis. À disposição estão algumas ferramentas de edição de imagem e o utilizador também pode escolher se regista imagens com uma definição automática ou manual de parâmetros, para além de poder ativar os modos HDR, noite, Panorama ou disparo continuo. As várias opções garantem um leque interessante de opções para quem usa o smartphone como câmara fotográfica e vive bem sem as ferramentas de um profissional, para além de assegurem uma qualidade de imagem adequada para o tipo de equipamento.
O Galaxy A5 6 é um smartphone com ecrã de 5,2 polegadas de 1920x1080 pixéis super AMOLED que pesa 155 gramas, uma combinação que lhe dá o tamanho suficiente para assegurar conforto na maior parte das tarefas que se podem realizar com um smartphone, da gestão de emails à utilização de conteúdos multimédia. Voltando às comparações com o Galaxy S6 (cerca de 100€ mais caro, em venda livre), o A5 é ligeiramente maior e mais pesado que o irmão mais velho, que tem um sensor de 16 megapixéis na câmara traseira, pesa 138 gramas e tem um ecrã é de 5,1 polegadas. Outra diferença entre os dois modelos, mas esta no que se refere à imagem, está na capacidade de gravar vídeo em 4K (ultraresolução), que o A5 não tem.
Personalização volta a ser uma aposta
No que refere ao software, a Samsung segue a regra habitual e deixa várias marcas no Android (aqui na versão 5.1.1, Lollipop). A fabricante recomenda várias aplicações (Samsung Essentials) e pré-instala outras no A5, como o SHealth, a sua aplicação de fitness, que aqui não tem tantas funcionalidades como nos topo de gama da fabricante (porque há menos sensores com capacidade para monitorizar dados), mas que não deixa de ser útil para quem corre, faz caminhadas e quer monitorizar a alimentação. Além de registar dados sobre a atividade física, a aplicação também permite registar o que se come e perceber como estamos de ingestão de calorias, face às necessidades diárias, ou controlar a ingestão de cafeina.
Outra aplicação instalada pela Samsung é o Smart Manager, que como o nome indica dá uma ajuda na gestão do equipamento para áreas como, a vida da bateria, espaço disponível para armazenamento ou segurança. Intuitiva e bem desenhada, a aplicação é um extra interessante face às ferramentas que o Android já oferece nesta área e permite de forma fácil e rápida limpar dados que não interessam, perceber que aplicações estão a ter um impacto negativo na autonomia do equipamento ou otimizar o consumo de energia nas aplicações que não pode dispensar. A partir destes menus também pode ativar a utilização da bateria em modo económico ou ultraeconómico e ver que autonomia lhe resta nas diferentes opções.
Tal como faz em vários outros modelos, a fabricante também pré-instala no novo A5 um conjunto de ferramentas da Microsoft. Para além do Word, Excel e PowerPoint, o equipamento já vem com o OneNote, OneDrive e Skype pré-instalados.
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Ronda feita pelas principais funcionalidades do novo A5 é justo dizer que o smartphone foi competente em todas as tarefas que nos propusemos realizar. O design também tem nota positiva, sobretudo para quem não aprecia as linhas mais arredondadas que a Samsung tem aprofundado nos seus topos de gama.
A qualidade de imagem, no ecrã e na captura de vídeo, não são as de um todo de gama, mas em compensação ficámos completamente rendidos à autonomia, que é de facto excelente, e que associada à tecnologia de carregamento rápido faz do modelo um companheiro que dificilmente o deixará ficar na mão quando mais precisa.
Também vale a pena sublinhar que o modelo partilha boa parte das tecnologias mais avançadas da Samsung com os modelos mais emblemáticos da fabricante, como o sensor de impressões digitais, a plataforma Knox (segurança), o NFC e o MST. Estas últimas podem ser usadas para pagamentos móveis. O MST, desenvolvido foi desenvolvido pela própria Samsung e é usado pelo sistema de pagamentos móveis da marca (o Samsung Pay), que ainda não está disponível em Portugal. O novo A5 custa 430€ em venda livre.
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