O LG G2 já está nas lojas há quase um mês e embora tenha sido um pouco eclipsado em termos mediáticos pelo lançamento dos novos iPhone e do phablet Galaxy Note 3, este é sem dúvida um equipamento que não deve ser ignorado por quem procura um telemóvel que conjugue a performance e o design com uma capacidade de bateria que consiga acompanhar o ritmo acelerado do dia a dia.

Continuando a puxar pelos elementos onde os smartphones mais têm batalhado para se diferenciar - a capacidade de processamento e o tamanho de ecrã - a LG arriscou também a mais algumas mudanças nestes novo smartphone que primeiro se estranham mas que depois de alguns dias se tornam intuitivas.

A mudança de todos os botões para ligar o equipamento e gerir o volume para junto da câmara fotográfica para a traseira do telemóvel parece arriscado, sobretudo porque é a primeira desconfiança com que qualquer utilizador se confronta ao olhar para o LG G2, mas esta parece ser uma aposta a manter, acabando por funcionar bem no design do equipamento - libertando as arestas laterais - e facilitando o manuseamento do equipamento de tamanho XL, sobretudo para mãos mais pequenas.

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Basta olhar para as especificações para perceber que o LG G2 é um verdadeiro "powerphone". O processador quad core Snapdragon 800 a 2,26 GHz é o mesmo que equipa do phablet da Samsung, acompanhado por uma RAM de 2GB e um processador gráfico Adreno 330 que faz a diferença na capacidade multimédia, sobretudo a nível de processamento de vídeos e de jogos.

No uso normal esta capacidade sente-se sobretudo na facilidade com que é possível abrir aplicações e mantê-las abertas (até 3 com o QSlide), navegar entre janelas e fazer reboot ao telefone.

Não será tão importante em funções mais casuais e básicas, como a realização de chamadas telefónicas ou o simples acesso a mensagens e correio eletrónico, ou navegar em páginas web, mas não será apenas para isso que os utilizadores que procuram estas características o querem.

Mesmo quem não tem por hábito jogar jogos de maior capacidade gráfica e ver vídeos no telemóvel vai sentir-se tentado - e conquistado - a fazê-lo pela qualidade do ecrã e a fluidez do desempenho multimédia. E a mesma lógica se aplica à fotografia. Torna-se um prazer mostrar um álbum de fotos com o LG G2…

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O ecrã XL de 5,2 polegadas parece já exceder os limites da razoabilidade para um smartphones, mas a verdade é que a LG conseguiu encaixar esta dimensão num formato que acaba por ser facilmente manuseável. Não se pode dizer que é "maneirinho", mas o espaço total é semelhante ao de equipamentos com ecrãs de 5 polegadas, conquistando espaço à moldura, que é mais estreita, ganhando pela deslocalização dos botões laterais e de topo.

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Na frente do telemóvel ficam apenas as teclas capacitivas habituais do Android , predominando o logo da LG na base do telemóvel, mas isso acaba por não atrapalhar demasiado a utilização.

E ao fim de algum tempo, a utilização do botão traseiro para controle do telefone torna-se mais natural, mesmo para a captura de screenshots, que exigem a combinação da tecla de redução de volume com o power. A única dificuldade que sentimos foi a captura de fotos em alguns momentos, em que o dedo que carrega no botão acaba por se intrometer na imagem, passando à frente da lente da câmara, colocada logo acima…

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A LG não se esqueceu também de incluir uma série de novas funcionalidades de gestão do equipamento, como a possibilidade de o "acordar" apenas com dois toques no ecrã que dispensam o utilizador de carregar no botão físico. E há uma série de funções para gerir o volume e a navegação entre ecrãs que foram incluídas - e que são acompanhadas por muitos tutoriais - existindo até funcionalidades que podem ser definidas pelo utilizador para operação com apenas uma mão.

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Fazer uma chamada, escrever uma mensagem ou controlar o som de uma música e um vídeo podem ser tarefas a fazer só com a mão que segura o telefone, beneficiando no caso do recurso ao teclado do maior espaço conseguido entre as teclas que estão mais "à larga".

A qualidade da imagem é uma das características que salta à vista. O ecrã IPS tem uma resolução de 1080p e 423 pixels por polegada, com cores vivas e um bom angulo de visualização. Mesmo a luminosidade forte do sol não impede a visualização de conteúdos e o sensor ajusta o brilho do ecrã para que a consulta do telefone em ambientes mais escuros não se torne demasiado evidente…

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Claro que toda esta capacidade de processamento e ecrã tem o efeito esperado no consumo de bateria, o que é contrabalançado com um reforço da capacidade para os 3000 mAhquase o dobro da incluída no iPhone 5s. O resultado é uma autonomia de bateria que ultrapassa largamente as 12 horas de uso intensivo, mesmo com recurso frequente a vídeo e "estafa" de jogos.

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Infelizmente a falta de tempo não permitiu explorar muito a capacidade da câmara fotográfica, mas para além de algumas dificuldades técnicas de habituação à localização do botão de operação - já referidas - as imagens captadas mostraram-se à altura do sensor de 13 megapixeis, do estabilizador de imagem e do auto-focus que facilita o trabalho nas fotos casuais. A captura de vídeo suporta também imagens Full HD, mas recomenda-se a utilização com luz adequada.

Tudo somado fica a apreciação inicial: se está à procura de um smartphones topo de gama é melhor olhar com atenção para o LG G2, colocando-o na sua lista de opções a validar. O smartphones é um digníssimo concorrente do iPhone 5s, do Galaxy S4 e do Note 3 (mesmo que não esteja diretamente neste campeonato) e também de outros candidatos a melhor smartphones do ano, como o HTC One ou o Xperia Z da Sony.

O preço abaixo de 600 euros no mercado livre ajuda à boa relação qualidade/custo, um valor que baixa para os 499 na TMN, que é a única operadora a comercializar o equipamento.

Veja no álbum mais algumas imagens da análise ao LG G2.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico