Podemos começar este artigo fazendo desde já as ressalvas (necessárias) relativamente ao sistema operativo usado no Nokia 700. Como se sabe, a fabricante finlandesa tem uma parceria com a Microsoft para o lançamento de terminais com Windows Phone, que a prazo levará à descontinuação do Symbian.

Para já a plataforma está garantida até 2016, com direito ao lançamento de vários smartphones, e inclusive de novas versões. O Nokia 700 serve de exemplo nas duas situações, porque traz a mais recente versão do Symbian (Belle).

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Esquecendo a limitação que possa representar (para alguns) ter integrado um sistema operativo com fim anunciado, o modelo não deixará de ter espaço entre o portfólio de escolhas, para quem está a ponderar a compra de um smartphone.

É apresentado como o smartphone da Nokia mais amigo do ambiente, pela quantidade de componentes ecológicos e reciclados com que é feito e pela autonomia que consegue oferecer, e também como o mais pequeno. Mas o 700 tem outros argumentos, dizemos nós aqui no TeK, depois da convivência com o mesmo durante a última semana.

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"À vista", o Nokia 700 é uma "peça" compacta com 110x50,7x9,7mm de comprimento, largura e espessura, respetivamente, e 96 gramas de peso.

Os botões são poucos (ou não estivéssemos a falar de um modelo touch) e resumem-se a três na parte frontal - os habituais verde e vermelho para, respetivamente, acesso ao registo de chamadas e para sair dos menus, fechar aplicações ou desligar o telefone, com uma barra para acesso aos ecrãs de entrada pelo meio.

Na parte da frente (inferior) sobressai igualmente o altifalante - e aqui aproveitamos para dizer, num pequeno à parte, que apreciámos a qualidade do som, tanto no "modo" media player como nas chamadas.

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Na lateral direita estão os restantes "comandos externos": o controlo de volume, a tecla de bloqueio e uma tecla de acesso rápido à câmara.

E por falar em câmara, a instalada no Nokia 700 tem 5 megapixéis e, além das fotos, permite a captação de vídeo em HD. O "campo" da imagem é enriquecido com ferramentas de edição, tanto para a fotografia como para os filmes.

No primeiro exemplo as opções passam pelas funcionalidades base de redimensionamento, rotação, correção de olhos vermelhos, a que se acrescenta a possibilidade de adicionar texto, molduras, carimbos, ou fazer caricaturas.

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O editor de vídeo permite criar filmes e apresentações de slides a partir das fotos ou dos vídeos gravados no telefone, com direito a cortes, adição de fundos e de música, etc.

Face às características multimédia do modelo - onde também se integram o leitor de vídeo, o rádio FM, o gravador ou o leitor de mensagens - é altura para referir que o Nokia 700 tem um processador de 1GHz e 2GB de memória interna para oferecer (expansível a um total de 34GB através de um cartão de memória microSD de 32GB).

Na sequência imagem/vídeo calha bem falar no ecrã, um AMOLED de 3,2 polegadas, capacitivo, com uma resolução de 640x360 pixéis e tecnologia ClearBlack, para melhor visionamento com luz natural.

Sabendo que as funcionalidades multimédia gastam recursos, aproveitamos para mencionar as promessas em termos de duração da bateria: um máximo de seis horas e 55 minutos para a reprodução de vídeo (H.264 720p, 30 fps, máximo) e um limite de 47 horas para a música.

Se pretendesse apenas conversar teria até sete horas e 10 minutos para o fazer. Ligado e "deixado ao abandono" o Nokia 700 promete aguentar até 465 horas.

Da nossa experiência, concluímos que a autonomia da bateria está dentro normalidade para um smartphone, mas a avaliação vai depender sempre do tipo de utilização em causa.

Um apontamento para referir que se nota o aquecimento da bateria, no uso prolongado do telefone (nomeadamente a jogar).

Tal como outros modelos de "calibre" idêntico da Nokia, o 700 também traz várias aplicações de origem - com a possibilidade de descarregar muitas mais da loja da Ovi.

Aplicações sociais como o Facebook ou o Twitter, aplicações para negócios como o Quickoffice ou o Adobe Reader, mapas gratuitos, email, dicionário são alguns dos recursos pré-carregados.

Das que experimentámos, destaque para a sincronização com o email, bastante intuitiva, com a possibilidade de adicionar várias caixas, sendo a configuração das definições (relativamente à periodicidade da sincronização, por exemplo) muito fácil.

O conjunto de conteúdos pré-carregados inclui, igualmente, três jogos: o Climate Mission (que tem a ver com o "espírito ecológico" do telefone), o já popular Fruit Ninja e o mega-sucesso Angry Birds.

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O capítulo dos jogos poderá beneficiar de uma das apostas da fabricante finlandesa para este smartphone: a conectividade via NFC (Near Field Communications). A tecnologia (sem fios) permite partilhar conteúdos como fotos ou música com outros dispositivos com NFC ativada (por proximidade), jogar com outros utilizadores ou ligar instantaneamente quaisquer acessórios que suportem NFC.

De resto nada a apontar na ligação ao PC (via USB) para descarregar (ou carregar) conteúdos entre os dois dispositivos, na ativação do Wi-Fi ou do Bluetooth ou na navegação Web.

Deixámos para o fim a funcionalidade que mais nos agradou: a possibilidade de personalização dos ecrãs de entrada, proporcionada pela versão Belle do Symbian, que o Nokia 700 integra.

O smartphone permite a criação de até seis ecrãs onde pode dispor (ou retirar) diferentes atalhos para as suas funcionalidades, aplicações e widgets preferidos, com direito a escolher a sequência das mesmas, assim como os papéis de parede que surgem de base, bastando alguns toques e "arrastamentos".

Afinal para o fim deixámos mesmo a disponibilidade e o preço. O Nokia 700 entrou no mercado como um exclusivo da Ensitel, mas atualmente está também à venda na Fnac online e através da Optimus, onde integra a campanha "Desbloqueados Natal", ao preço de 249,90 euros. Na Ensitel e na Fnac custa 359,90 euros.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico