Chegou há pouco tempo às lojas portuguesas o low cost PC da Asus, o modelo Eee PC 701 que materializa a alternativa ao conceito tradicional de computador portátil de elevado desempenho. Aqui a equação é simples: desempenho suficiente, bateria q.b. e memória limitada, acompanhado de um ecrã de pequena dimensão e ligação Wi-Fi.
Para quem está habituado a usar um computador portátil do tipo desktop replacement, onde as características multimédia e os ecrãs de grande dimensão imperam, o Eee PC pode ser logo à partida uma desilusão. Mas se estiver preparado para as limitações exigidas neste conceito vai com certeza apreciar de forma mais clara a portabilidade garantida por um peso inferior a 1 Kg, mesmo com o ecrã de 7 polegadas de qualidade sofrível.
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Testámos o modelo de 4 GBytes de disco SSD e com sistema operativo Windows XP e embora não seja tão "giro" como o XO, o Eee PC até podia ser adoptado como mais um dos gadgets da redacção do TeK, mesmo que o branco pérola não seja a nossa cor preferida. O preço de 329 euros é convincente - e mais barato do que muitos telemóveis de gama média -, as funcionalidades básicas estão lá e o portátil parece ser suficientemente robusto para acompanhar o ritmo dos jornalistas, desde que ninguém decida fazer manobras demasiado radicais ou crash tests com ele.
É fácil de configurar e já traz instaladas as principais ferramentas do Windows, assim como o Works - o "irmão mais barato" do Office. O teclado é confortável, assim como o touch pad. Uma nota positiva vai também para o carregador, que integra o transformador no bloco de ligar à ficha eléctrica e dispensa a caixa preta intermédia que a maioria dos fabricantes coloca a meio do fio e que é muitas vezes motivo de tropeções desnecessários.
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Já o ecrã é um caso mais difícil. É realmente pequeno, mas muito maior do que os smartphones que todos usam. Só que muitas janelas do Windows ao abrir ficam com elementos importantes escondidos, como os botões, que é o caso da janela de escolha das redes WiFi detectadas. E a necessidade de apresentar os mesmos ícones que habitualmente entram em ecrãs de mais de 12 polegadas faz com que tudo tenha de ser reduzido. Mesmo sem obrigar a usar uma lupa, dá a sensação de que estamos a precisar urgentemente de ir ao oftalmologista pedir uma receita para uns óculos.
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Outra surpresa desagradável foi o aquecimento da base, não só na parte de baixo mas também no teclado, o que não pode ser considerado um bom sinal... O espaço pode ser pouco para o Celeron de 900 MHz arrefecer ou o próprio material utilizado no chassi pode ser demasiado condutor do calor.
Já em termos de desempenho não temos muito a apontar, considerando as suas condicionantes de base. Mesmo com quatro ou cinco aplicações em simultâneo o Eee Pc portou-se bem, embora fosse preciso usar os atalhos de teclado para navegar entre os programas por já não haver espaço suficiente para os ícones estarem todos expostos.
A outra alternativa no mercado português é o modelo com sistema operativo Linux, uma distribuição da Xandros, mais barato 30 euros, que não testámos mas que já soubemos que até se porta bastante bem em desempenho e estabilidade.
A empresa já lançou entretanto novos modelos do Eee PC mas ainda não têm data de lançamento em Portugal.
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