A Cisco e um conjunto de parceiros investiram recentemente 22 milhões de dólares na startup portuguesa Veniam. Maciej Kranz aponta a empresa do Porto como um bom exemplo do que se está a fazer em Portugal neste momento na área das startups.
“Em Portugal existem hoje muitas startups excelentes e um universo de fundos e empresas de investimento dispostas a investir que também é muito interessante”, defende o responsável, adiantando que a Cisco tem acompanhado de perto a dinâmica das startups na Europa.
Este ano a companhia vai patrocinar a primeira edição da Web Summit em Portugal, revelou ao TeK Maciej Kranz, acrescentando que a empresa norte-americano tem acompanhado de perto as iniciativas do grupo irlandês que fundou a conferência, entretanto convertida no maior evento de empreendedorismo da região e um dos mais mediáticos a nível mundial.
O responsável da Cisco falou com o TeK sobre os centros de inovação da empresa em nove países, estruturas por onde passa outra parte importante da ligação da companhia ao universo das startups. Admitiu que a Cisco tem planos ambiciosos nesta área e que pretende abrir vários outros centros em todo o mundo.
Não responde diretamente a uma pergunta sobre a possibilidade de um destes investimentos vir a ser feito em Portugal. Só deixa um “talvez”, enquanto aproveita para recordar que o país já acolhe um “centro muito importante para a Cisco”. Está direcionado ao suporte técnico e é uma das duas estruturas do género que a companhia tem na Europa. A outra é na Polónia.
Depois de coordenar o lançamento de uma nova área de negócios da Cisco, dedicada à Internet das Coisas, a função de Maciej Kranz na companhia passa agora por identificar e capitalizar novas tecnologias disruptivas. Perceber como pode integrar essas tendências na estratégia da empresa e conduzir processos de aquisição ou investimento que possam fazer sentido nessa lógica.
Admite que tentar encontrar a próxima grande tendência não é uma tarefa fácil, mas explica que há vários recursos que facilitam a missão. “Olhamos para muitos fatores nesta análise, desde previsões dos analistas, a informação que recolhemos junto dos clientes, passando por uma ferramenta que nos dá uma enorme ajuda, o Techradar”.
A partir destas fontes equipas alocadas a diferentes áreas da companhia compilam informação e todos os anos identificam uma ou duas tendências mais fortes, onde pode valer a pena aprofundar trabalho.
O TeK falou com Maciej Kranz em Berlim, à margem do CiscoLive 2016.
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