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Hoje vamos por isso ao detalhe dos acontecimentos que marcaram o ano a este nível, na sequência da votação que durante a semana passada tivemos em destaque.
São várias as empresas que em 2013 puseram um ponto final na estratégia seguida ao longo dos últimos anos, seja na sequência de processos de fusão, reestruturação ou parceria.
São tecnológicas que em 2014 voltam à cena, mas com objetivos diferentes dos que marcaram a sua atividade até aqui. Empresas que, como a Portugal Telecom, se fundiram com congéneres brasileiras (a Oi, neste caso) para ganhar escala a nível mundial ou, como a Optimus e a Zon, procuram uma presença mais forte no mercado português, enquanto não assumem uma ambição mais global.
Há também empresas que, como a Nokia, chegaram a um beco sem saída, fazendo da Microsoft a sua luz ao fundo do túnel ou, como a BlackBerry, que em 2013 voltou a baralhar o jogo à procura de uma mão melhor.
Alguns lideres por trás de grandes negócios e de grandes organizações também chegaram ao fim de uma linha, de um percurso profissional. Para uns segue-se a reforma, para outros voos mais altos. Hoje olhamos para todas essas mudanças e destacamos as que considerámos mais relevantes.
Nas próximas páginas pode navegar pelos seguintes temas:
Quatro décadas de Intel que Paul Otellini não prolonga
BlackBerry: 1,2, 3 vamos lá reestruturar outra vez
Steve Ballmer: exuberância do início ao fim de um longo percurso
Nokia: um gigante que adormeceu e já não acordou
Zon e Optimus agora em dueto mas sem troca de letras
Adeus Portugal Telecom, Oi PT Portugal
Quatro décadas de Intel que Paul Otellini não prolonga
Paul Otellini é um histórico da tecnologia. O seu trajeto profissional confunde-se com a história da Intel, que integrou em 1974. Este ano deixou a presidência executiva da empresa, que ocupava desde 2005, já depois de vários anos ligado à gestão da empresa, com vários cargos de vice-presidente.
A nomeação para o lugar, em substituição de Craig Barrett, mereceu críticas, sobretudo porque a formação de base do gestor é em economia e não em engenharia, o que para os mais críticos poderia comprometer a sua visão de um mercado profundamente técnico e com enormes exigências ao nível de inovação.
Mas aparentemente isso não aconteceu. Desde 1998 que Otellini ocupava cargos de liderança na fabricante de processadores e tinha responsabilidades na definição da estratégia para os três principais segmentos de mercado: desktop, empresas e mobilidade.
Diga-se que é neste último domínio que o percurso da Intel tem sido menos assertivo e a capacidade do gigante dos processadores para responder às exigências do mercado não tem sido ágil o suficiente para travar, como noutras áreas, concorrentes como a Qualcomm e arquiteturas como a ARM. Já no domínio dos ultrabooks, a gestão de Otellini e a enorme aposta da fabricante no formato deixou marca no mercado.
Para se adaptar aos novos tempos e a estruturas de custos que têm de ser cada vez mais otimizadas, Paul Otellini acabou também por ser o homem que conduziu uma das grandes reestruturações da história da Intel.
Em 2006 - no mesmo ano em que introduziu os processadores de quatro núcleos - a empresa definiu um plano de redução de custos que previa poupanças anuais de 3 mil milhões de dólares e que implicou o despedimento de mais de 10% da força de trabalho da empresa, ou seja, mais de 10 mil funcionários.
Ao mesmo tempo anunciou um investimento do mesmo valor numa nova fábrica de semicondutores na China, deixando claro que estratégia a empresa pretendia seguir para se manter na posição de liderança que ao longo dos anos anteriores tinha conseguido garantir.
Otellini anunciou que ia para a reforma em novembro de 2012 e concretizou a decisão em maio deste ano, sendo substituído por Brian Krzanich, anterior COO da organização.
Durante os anos em que liderou os destinos da empresa, as operações da Intel geraram mais de 107 mil milhões de dólares e a receita anual da empresa cresceu de 38,8 mil milhões para 54 mil milhões. O lucro por ação passou de 1,40 para 2,39 dólares.
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BlackBerry: 1,2, 3 vamos lá reestruturar outra vez
Steve Ballmer: exuberância do início ao fim de um longo percurso
Nokia: um gigante que adormeceu e já não acordou
Zon e Optimus agora em dueto mas sem troca de letras
Adeus Portugal Telecom, Oi PT Portugal
BlackBerry: 1,2, 3 vamos lá reestruturar outra vez
Se a primeira frase das linhas que vamos dedicar neste artigo a falar da BlackBerry indicassem que o ano foi difícil para a empresa canadiana adequavam-se, pelo menos, aos últimos três anos. Os tempos não têm sido fáceis para a fabricante que já deu cartas no segmento dos smartphones e se assumiu como a plataforma de referência para o mercado empresarial.
A empresa começou o ano com grandes novidades, a nova versão do sistema operativo BlackBerry, novos equipamentos e uma mudança de nome que traçou o fim da linha para a marca RIM (Research in Motion), que adotou a designação da plataforma e passou a designar-se BlackBerry. Mas os resultados das revelações feitas a 30 de janeiro não foram os esperados e a notícias de venda da empresa, desmembramento e parcerias, ou mesmo de planos para levar o sistema operativo a telefones de outros fabricantes fizeram manchetes na imprensa especializada.
Na reta final do ano a BlackBerry voltou à ribalta, quando garantiu um investimento de mil milhões de dólares para suportar uma nova reviravolta na estratégia. Quem garantiu a verba foi um grupo liderado pela FairFax, num processo que custou o lugar de CEO a Thorsten Heins, substituído por John Chen, que assumiu o cargo de forma transitória.
A solução foi uma espécie de plano B, que deixou para trás uma proposta de venda no valor de 4,7 mil milhões de dólares. A verba é garantida por um consórcio de fundos de investimento e, garante a empresa, põe fim a um processo de reestruturação iniciado em agosto.
Para 2014 aguardam-se as evidências desta nova era da BlackBerry, já que no ano que agora terminou as restantes notícias sobre a empresa mantiveram o tom pouco positivo, com mais prejuízos nos resultados trimestrais e o cancelamento no lançamento de novos terminais, que deita por terra os objetivos traçados pela fabricante no início do ano.
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Quatro décadas de Intel que Paul Otellini não prolonga
Steve Ballmer: exuberância do início ao fim de um longo percurso
Nokia: um gigante que adormeceu e já não acordou
Zon e Optimus agora em dueto mas sem troca de letras
Adeus Portugal Telecom, Oi PT Portugal
Steve Ballmer: exuberância do início ao fim de um longo percurso
O futuro pode ainda reservar novos desafios profissionais para Steve Ballmer, que para já parece apenas querer reformar-se, como anunciou em agosto do ano passado. O gestor até pode mudar de ideias e voltar a escrever o nome no livro de memórias do sector, mas dificilmente os vídeos energéticos das suas apresentações sairão da memória de quem acompanhou o seu percurso desde o início.
Ballmer tornou-se CEO da Microsoft com a saída do cargo de Bill Gates, em 2001, e liderou algumas das decisões mais importantes da história da companhia na última década. Foi com ele que a Microsoft cimentou intenções de se afirmar como um player de referência no sector móvel, até chegar a um Windows Phone com níveis de integração com a versão desktop nunca antes conseguidos.
Têm também o seu crivo o lançamento do histórico Windows XP, que em 2014 e depois de várias tentativas da Microsoft, deixará de ter suporte, do totalmente redesenhado Windows 8 - que em 2013 recebeu a primeira grande atualização -, ou toda a evolução em torno da Xbox. Com menos sucesso, também deixou marca em lançamentos como o Windows Vista, os tablets Surface ou o já desaparecido leitor/serviço de música Zune. A transição da Microsoft para a era da cloud também ficará para a história como uma transformação ocorrida na gestão Ballmer, o Azure ou o Office 365 estão entre os sinais mais emblemáticos dessa transformação.
Mas a grande mudança no posicionamento da tradicional gigante do software ainda está por terminar e também começou com Ballmer. A parceria com a Nokia para a área dos smartphones foi anunciada pelo gestor e por Stephen Elop, CEO da fabricante finlandesa à data. Os mesmos protagonistas confirmaram tempos mais tarde o que há muito se especulava e em setembro a Microsoft assumiu a proposta de compra da divisão de telemóveis da Nokia por 5,4 mil milhões de euros. A integração completa-se em 2014 e junta o elo que faltava a um grupo em profunda transformação, por fora, mas também por dentro.
Antes de ocupar a posição de CEO, Steve Ballmer foi vice-presidente sénior para a área de vendas e suporte da Microsoft . Assumiu o mesmo cargo para as áreas de marketing e, noutro período, para a área de software.
O seu sucessor poderá ser escolhido até ao verão mas acredita-se que será conhecido antes disso. Os rumores relativamente a nomes têm sido vários. Até lá, vale a pena recordar nas palavras do próximo o significado da sua passagem pela Microsoft.
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Quatro décadas de Intel que Paul Otellini não prolonga
BlackBerry: 1,2, 3 vamos lá reestruturar outra vez
Nokia: um gigante que adormeceu e já não acordou
Zon e Optimus agora em dueto mas sem troca de letras
Adeus Portugal Telecom, Oi PT Portugal
Nokia: um gigante que adormeceu e já não acordou
A história da Nokia remonta a 1865, muito antes de alguém pensar em telemóveis e comunicações móveis. Foi já em meados do século passado que as telecomunicações entraram na equação, ganhando destaque depois de o grupo inaugurar um departamento de eletrónica. Muita investigação da empresa e uma estratégia clara do governo para desenvolver o sector lançaram as bases de um gigante que durante anos liderou o mercado das comunicações móveis, mas que começou a abanar e a perder fôlego com a transição acelerada para os smartphones e toda uma transformação no mundo das comunicações móveis, potenciada pelo acesso à banda larga móvel.
O sistema operativo Symbian, lançado por um consórcio que incluía vários fabricantes mas progressivamente tomado pela fabricante, com a saída dos parceiros, mostrou o caminho para este mundo novo, mas não conseguiu continuar a marcar o ritmo quando desafiadores como a Apple, com o iPhone e o iOS, ou a Google, com o Android, também quiseram posicionar-se neste território apetecível.
E dos telefones que marcaram mais do que uma geração, dos episódios que traçam a história de todo um sector, a Nokia revelou cada vez mais dificuldades em responder na hora certa aos desafios do mercado.
Nos feature phones a fabricante nunca perdeu brilho e conseguiu mesmo reposicionar-se com a introdução do sistema operativo Asha, nos segmentos mais altos do mercado deixou para trás plataformas como o MeeGo, apresentada em 2010 no âmbito de uma parceria com a Intel, atirou o Symbian para as ruas da amargura e seguiu para uma parceria com o Windows Phone que, como já se referiu, acabou em casamento.
Pelo caminho chegou ao mercado uma nova linha de equipamentos, os Nokia Lumia, que são a arma das duas empresas para recuperar terreno no mercado móvel, uma conquista que os resultados da Nokia ao longo do ano foram confirmando.
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Quatro décadas de Intel que Paul Otellini não prolonga
BlackBerry: 1,2, 3 vamos lá reestruturar outra vez
Steve Ballmer: exuberância do início ao fim de um longo percurso
Zon e Optimus agora em dueto mas sem troca de letras
Adeus Portugal Telecom, Oi PT Portugal
Zon e Optimus agora em dueto mas sem troca de letras
E na cena nacional o ano também foi quente, no que se refere a acontecimentos que marcam o fim de uma era… e o início de outra. As intenções dos acionistas principais foram reveladas ainda no final de 2012, mas os avanços e recuos de um processo de fusão sujeitos aos tempos da regulação concentraram-se em 2013 para animar mais de metade do ano. Muita tinta correu na imprensa sobre o que podia ou não manter-se, numa empresa que resultasse da fusão de duas organizações com alguma atividade sobreposta.
Muito se falou sobre quem ficava e quem saía e no fim o resultado foi este: Rodrigo Costa, presidente executivo da Zon desde a empresa saiu do universo PT (como PT Multimédia), passa o cargo de CEO do novo grupo a Miguel Almeida, que vem da Sonaecom e que lidera uma equipa composta por quadros das duas empresas fundidas.
A aprovação final do negócio coube à Autoridade da Concorrência, que apresentou a decisão em agosto, já depois de garantido o consenso das empresas em relação a um conjunto de aspetos, medidas muitas delas impostas pelo regulador sectorial.
Entre os compromissos fixados pela AdC, destacaram-se os que impuseram à Optimus a venda da rede fixa, que a operadora geria em parceria com a Vodafone, e a não penalização dos clientes triple play ainda com contratos de fidelização que decidissem desistissem do serviço.
A nova empresa reagiu de imediato à decisão regulatória avançando para a fusão que, pelo menos por agora, não passou por trocas de letras para criar uma marca única ou pelo fim de uma das insígnias, mas que passa sem dúvida por um novo início na vida de uma organização que fundiu muito mais do que serviços.
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BlackBerry: 1,2, 3 vamos lá reestruturar outra vez
Steve Ballmer: exuberância do início ao fim de um longo percurso
Nokia: um gigante que adormeceu e já não acordou
Adeus Portugal Telecom, Oi PT Portugal
Adeus Portugal Telecom, Oi PT Portugal
E quando a fusão entre a Optimus e Zon parecia o maior negócio do ano na área das TIC em Portugal, a PT e a brasileira Oi tinham uma carta na manga para surpreender o mercado e a aliança estratégica que as companhias tinham firmado, anos antes, converteu-se em fusão. Outubro foi o mês escolhido por um anúncio que dita o fim da linha para o incumbente português das telecomunicações, tal como o conhecemos e que é também um ponto de chegada (e de partida) para Zeinal Bava.
Antes do anúncio da fusão já Bava tinha assumido a presidência executiva da Oi, como culminar de um processo de reestruturação na operadora brasileira. O executivo passou a liderar a PT Portugal, criada algum tempo antes, e Henrique Granadeiro voltou a assumir o cargo de CEO da Portugal Telecom, que passou a acumular com o de presidente de conselho de administração. A dança de cadeiras preparou o anuncio da fusão, a concretizar durante o ano de 2014.
As duas empresas juntam operações para se tornar um dos 20 maiores operadores de telecomunicações a nível mundial, potenciar crescimento e maximizar sinergias. De cá teme-se que o negócio gere desemprego, do lado de lá do atlântico uma das principais questões da imprensa à data era perceber o que seria feito do sonho brasileiro de criar um operador forte de capitais exclusivamente nacionais onde o erário público já investiu muitos milhões.
As duas empresas afastam receios e concentram o discurso nas oportunidades, perante um mercado que é global e que em 2013 deu todos os sinais possíveis de que a consolidação é o caminho.
Zeinal Bava, que será o líder do novo grupo também assegurou que não há planos para desinvestir em Portugal, muito pelo contrário, mas certo já é que a Portugal Telecom desaparecerá por incorporação na nova empresa e que a sede desde novo grupo será no Rio de Janeiro, Brasil.
O negócio PT/Oi acabaria por se destacar como o 12º maior do ano. Os caminhos das duas empresas cruzaram-se em 2011 quando a PT adquiriu uma posição na operadora brasileira, após a saída da Vivo.
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BlackBerry: 1,2, 3 vamos lá reestruturar outra vez
Steve Ballmer: exuberância do início ao fim de um longo percurso
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Zon e Optimus agora em dueto mas sem troca de letras
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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