A Symbolics foi a primeira empresa a criar um endereço Internet no domínio .com. A fabricante de estações de trabalho e do software Genera, sediada em Cambridge, não sobreviveu 25 anos para explicar a importância de ter sido a primeira a mostrar-se ao mundo com um sufixo que pretendeu abreviar a palavra inglesa company.
Contudo, o seu nome fica na história da Internet e o domínio também continua "no activo" depois de no ano passado ter sido comprado por um sociedade de investimento, a XF.com. Os activos da Symbolics original e a propriedade intelectual também ainda circulam, pela mão de uma empresa que com nome idêntico ao da companhia original (a Symbolics Inc) que mantém uma tímida presença online.
Como o TeK já tinha referido ontem, depois da Symbolics não houve propriamente uma corrida ao registo de endereços .com, hoje com mais de 200 milhões de moradas registados. Mas há alguns episódios desta lenta evolução que vale a pena posicionar, uma vez que tiveram como protagonismo alguns dos nomes mais importantes da tecnologia, ainda hoje.
O primeiro nome mundialmente conhecido da lista é o da Xerox, que registou a sua morada online a 9 de Janeiro de 1986. Já tinham passado dez meses da "inauguração" efectiva do .com, mas a fabricante de impressoras ainda conseguiu ser a sétima empresa do mundo a fazê-lo.
Dois meses depois a HP também ainda conseguia assegurar posição na lista das 10 primeiras moradas mundiais .com. O registo data de 3 de Março de 1986.
No mesmo mês assinala-se o registo do domínio www.ibm.com, o 11º a chegar à Internet com uma identificação.com. e a partir daí a lista compõe-se com vários outros nomes como a Intel ou a Sun. A lista dos 100 primeiros endereços registados está, aliás, disponível para consulta na Wikipedia.
[caption][/caption]
Toda a história associada aos 25 anos de história do domínio não podia, como é óbvio, deixar de estar detalhada online. Onde? Num endereço .com. E está mesmo. As principais dúvidas sobre como nasceu o domínio e como evoluiu estão respondidas num site comemorativo.
Para quem quer ir mais fundo nos detalhes deve passar pela morada oficial.
As celebrações dos 25 anos do .com continuam até 26 de Maio, data em que terá lugar uma gala para homenagear o notável percurso da Internet ao longo das duas últimas décadas e meia.
No evento serão ainda revelados os nomes das personalidades ou empresas que mais se destacaram na Internet ao longo dos últimos 25 anos e cujas contribuições inspiraram e ajudaram a moldar a Internet como ela é hoje e até mesmo o mundo, como define a organização.
[caption][/caption]
Os candidatos a influência determinante no curso da Internet já estão online e podem ser votados por quem passar pelo site oficial, embora a decisão final esteja a cargo de um júri.
Entre eles, estão nomes tão óbvios como Google, Twitter, Microsoft, Napster ou Skype, no que se refere a empresas. Ou Vint Cerf e Tim Berners-Lee nas personalidades com direito a nomeação por mérito individual.
Os 1,7 mil milhões de utilizadores que hoje acedem à Internet em todo o mundo, cerca de um quarto da população mundial, e a expectativa de que o número aumente rapidamente já fizeram do mundo online um local onde não é preciso explicar porque deve estar quem quer ser visto. Foi isso que compreenderam milhões de empresas em todo o mundo e que exploram cada vez mais, com o reforço da presença online, a aposta em redes socais, interacção directa com o cliente, etc.
Pelo caminho caíram alguns gigantes que também fazem a história da Internet mas já cá não estão para a contar. Ficam alguns exemplos.
Boo.com
Loja de moda britânica que gerou grande expectativa no arranque mas não chegou a estar online 2 anos. Entre 1998 e 2000 os responsáveis do projecto nunca conseguiram resolver os problemas de um site com muitas limitações e cativar utilizadores.
Go.com
Era um projecto da Disney que custou milhões a promover e que prometia tornar-se num centro de entretenimento alimentado por conteúdos do grupo. Nunca descolou e três anos depois de ter nascido foi descontinuado custando ao grupo de animação 790 milhões de dólares, de acordo com informação recuperada pela C|Net. Ainda existe a morada mas sem conteúdos originalmente para lá produzidos.
Netscape
[caption][/caption]
Esteve nos píncaros do web browsing, que é como quem diz, na liderança destacada do mercado, mas perdeu terreno de forma irrecuperável para o Internet Explorer da Microsoft. A empresa por trás do serviço acabou por passar para o domínio da AOL em 1998.
Freeserve
[caption][/caption]
Internet Service Provider inglês fundado em 1998 e que chegou a romper algumas barreiras importantes num mercado ainda marcado pelos serviços dial up assegurados pelo incumbente. Foi uma das primeiras empresas a abolir a subscrição mensal associada aos serviços Internet e procurava compensar a receita com publicidade, a partir do seu site. Em dois anos reuniu 2 milhões de clientes, mas sem solidez financeira entrou em colapso e foi absorvida pela France Telecom.
Worldcom
Tornou-se um gigante após a fusão com a MCI e chegou a ser o segundo maior operador de telecomunicações fixas norte-americano nas comunicações de longa distância. Ainda planeou uma fusão com a Sprint mas falhou e a crise das dotcom também deitou por terra a sua agressiva estratégia de crescimento por aquisições. Contudo, foi a Sprint que anos após a bancarrota absorveu os activos que hoje integram a sua divisão de comunicações empresariais.
Fica a sugestão aos leitores que nos queiram ajudar a recordar outras .com que fizeram história, mas que entretanto desapareceram.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
20 anos de Halo 2 trazem mapas clássicos e a mítica Demo E3 de volta -
App do dia
Proteja a galáxia dos invasores com o Space shooter: Galaxy attack -
Site do dia
Google Earth reforça ferramenta Timelapse com imagens que remontam à Segunda Guerra Mundial -
How to TEK
Pesquisa no Google Fotos vai ficar mais fácil. É só usar linguagem “normal”
Comentários