Logo no dia de lançamento dos novos iPad foi fácil perceber que as diferenças em relação às anteriores gerações eram escassas e que os argumentos para justificar a mudança do iPad mini 2 e do iPad Air original para as novas versões seriam difíceis de encontrar…
As melhorias incrementais em velocidade de processamento, por si só, são sempre esperadas, mas não são base suficiente para o mote usado pela Apple de que “a mudança está no Ar (Air)”. E a adição do controle por impressão digital está longe de ser tão diferenciadora como a publicidade parece fazer crer.
Haverá naturalmente quem diga que quando se acerta à primeira e se consegue aproximar o produto do conceito perfeito é difícil estar sempre a melhorar, mas esse não é um argumento que permita à Apple continuar a vender iPads ao ritmo que conseguiu nos últimos anos, o que aliás se notou nos últimos resultados financeiros divulgados.
A pergunta que se impõe é se vale a pena trocar um iPad mini 2 pelo novo iPad mini 3, ou na mesma lógica se quem já tem um iPad Air deverá abrir os cordões à bolsa e adquirir o iPad Air 2.
Como sempre, estas são perguntas com várias respostas possíveis, mas o melhor é analisar ponto a ponto as diferenças entre as várias gerações dos tablets para fazer a análise mais racional.
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Os novos Air e a aposta na leveza
Quando a Apple anunciou o iPad Air trouxe uma lufada de ar fresco à sua gama de tablets que já tinha conquistado mais de 200 milhões de utilizadores desde que Steve Jobs anunciou o novo conceito de acesso à informação em 2010.
Na altura o salto face ao iPad 4 era mais evidente, sobretudo a nível da qualidade de imagem e desempenho gráfico, mas agora até esse salto qualitativo se esbate.
A segunda edição do iPad Air distingue-se do modelo apresentado no ano passado por ser ainda mais fino, com uma espessura de apenas 6,1 milímetros, e pelo novo processador A8X, que combinado com o coprocessador de movimento M8 traz melhorias à performance do dispositivo.
As dimensões e o formato são os mesmos, pelo que o tamanho do ecrã não mudam, nem a resolução, mantendo-se a resolução de 2048x1536 pixéis a 264 pixéis por polegada (ppp). O facto de o ecrã se totalmente laminado e com revestimento antirreflexos são melhorias bem-vindas, mas que não trazem grandes mudanças na utilização diária.
Na câmara traseira há mudanças, com a passagem para um sensor de 8 megapixéis em vez do anterior de 5 megapixéis, mas mesmo aqui continua a colocar-se a questão da usabilidade, por continuarmos a considerar que fazer fotografias com um equipamento desta dimensão é no mínimo desconfortável. E estranho.
Se quiser explorar a câmara de vídeo some ainda aos “prós” a adição do vídeo em câmara lenta…
Resta ainda o sensor de impressão digital, o Touch ID, que foi adicionado agora às novas linhas de tablets depois de se ter estreado (com sucesso) no iPhone. Esta é uma característica da qual ninguém sente a falta, pelo menos até começar a utilizar e tirar partido da facilidade de autenticação que traz no acesso ao tablet e depois também na utilização de algumas ferramentas, nomeadamente na loja.
Se quiser fazer as contas com rigor, o certo é que um dono de um iPad Air terá alguma dificuldade em justificar a troca por um novo Air 2, sobretudo se tiver de o vender porque mesmo que faça um bom negócio e o consiga “entregar” quase como novo terá ainda de pagar pelo menos mais 100 euros, dependendo do modelo escolhido e da opção pela capacidade de armazenamento e ligação apenas Wi-Fi ou à rede móvel com suporte a 4G.
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iPad mini 3 justifica o preço?
A mesma lógica que foi aplicada na avaliação ao iPad Air 2 pode ser transferida para o modelo mais pequeno da Apple. A marca tem agora três iPad mini nas lojas, e as diferenças de características não são muito significativas, mas a amplitude de preços faz com que o modelo mais antigo se torne uma ameaça mais séria aos tablets Android com os quais concorre diretamente no mercado.
O novo iPad mini 3 tem o mesmo ecrã Multi-Touch de 7,9 polegadas com retroiluminação LED e tecnologia IPS do iPad mini 2, com uma resolução de 2048x1536 pixéis a 326 pixéis por polegada. Nada muda na dimensão, nem no peso, e mesmo o processador continua a ser o A7 que equipava a anterior geração.
E o mesmo se passa na câmara fotográfica e de vídeo, assim como no suporte à conetividade Wi-Fi ou 4G.
Então onde está a diferença? Neste caso resume-se praticamente à adição do sensor de identificação por impressão digital, que como já tínhamos referido em relação ao iPad Air é algo de que só se sente a falta depois de se começar a usar de forma intensiva, mas que dificilmente justifica o “prémio” de mais 100 euros na fatura a pagar…
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As contas serão porém diferentes para quem já tem um iPad mais antigo, ou mesmo um iPad mini da primeira geração. Aqui a diferença de qualidade do ecrã, as melhorias no processamento terão mais peso para justificar o investimento.
O seu caso encaixa em algum destes cenários? Tem um modelo mais antigo e está a pensar fazer o upgrade ou os novos iPad parecem-lhe justificar a entrada no mundo dos tablets Apple?
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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