A tecnologia está mais barata e massificada e o modelo conquistou já os utilizadores, pelo que não havia qualquer razão para que os fabricantes de máquinas fotográficas deixassem de lado a possibilidade de explorar os ecrãs de toque, que são uma das mais recentes coqueluches no mercado da fotografia digital.

Esta forma simples de aceder às funcionalidades já conquistou definitivamente os utilizadores de telemóveis, sendo o iPhone o maior exemplo da adesão a este interface. Nos computadores pessoais os fabricantes estão também a explorar as novas possibilidades em modelos "tudo em um", como o TouchSmart da HP ou o Eee Memo da Asus, mais dirigidos às famílias onde os utilizadores podem não ter grande experiência informática.

Com o Windows 7 este modelo parece também poder contagiar o mundo dos computadores portáteis, com vários modelos a serem apresentados pelos fabricantes com ecrãs touch e multi-touch, um sistema que no passado não teve grande adesão com os Tablet PC.

A mesma filosofia que se aplica aos outros equipamentos da electrónica de consumo é válida para as máquinas fotográficas. A simplicidade está no topo das vantagens, sobretudo para quem tem pouca experiência.

A navegação entre as imagens guardadas na memória é a aplicação mais evidente do interface de toque, assim como a sua arrumação. Mas a aplicabilidade vai mais além e integra a focagem da imagem que está a ser captada logo a partir do ecrã.

Algumas das novas máquinas permitem também fazer de imediato a fotografia, sem ter de carregar no tradicional botão colocado no topo da câmara. Não é um salto quântico em termos de facilidade, e os mais preconceituosos podem achar que é até fútil, mas depois de se habituar até se torna interessante, tal como aconteceu com a visualização da imagem a partir do ecrã LCD que dispensa o acto de "espreitar" pelo tradicional visor ou óculo.

Como em tudo, há porém desvantagens a considerar: esta "novidade" ainda tem um custo adicional que encarece as máquinas fotográficas, pelo que se calhar vale a pena esperar mais algum tempo até que se torne uma "feature" mais comum.

De notar também que recorrer ao ecrã para todos os comandos acabará por consumir mais bateria, encurtando o tempo disponível para captar as imagens.

Vantagens e desvantagens consideradas, vale a pena conhecer já os modelos que estão a chegar ao mercado.

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A Sony tem já vários modelos Cybershot com ecrã táctil, a mais antiga T900 ou a TX1, um equipamento mais recentes. Ambas são bastante compactas e os ecrãs de mais de 3 polegadas tornam-se em verdadeiros centros de comando. Os sensores de 12 e 10 megapixeis e o zoom óptico de quatro vezes são também bem vindos para completar o pacote. O preço recomendado da TX1 é de 380 euros.

[caption]Nome da imagem[/caption] Da fábrica da Nikon a Coolpix S230 tem a primazia do toque e um preço mais razoável, que não ultrapassa dos 200 euros. Com um sensor de 10 megapixels e uma sensibilidade ISSO que vai aos 2000, este é um modelo razoável onde a principal novidade se centra no ecrã LCD de 3 polegadas sensível ao toque.

[caption]Nome da imagem[/caption]Entre as opções "tocáveis" considere ainda a as IXUS 20 IS da Canon, de que já falámos no TeK. Este é o primeiro modelo digital da marca com ecrã táctil, tirando mais partido do LCD de 3 polegadas que permite fazer quase tudo com a ponta dos dedos. Apesar de tudo a qualidade de imagem não foi descurada e pode contar com resolução fotográfica de 12,1 Megapixéis e captação de vídeo em HD (1280x720 pixéis) a 30fps (frames por segundo). O modelo está disponível em quatro cores (azul, dourado, púrpura e prateado) e o preço é de 359 euros.

Nota de redacção: Esta montra foi publicada originalmente a 04 de Novembro de 2009.