Chegou às lojas a quarta versão do iPhone. No leque de cinco países escolhidos pela Apple para dar o tiro de partida para mais uma geração do equipamento, as movimentações já começaram e quem acordou primeiro já esgotou o stock disponível. Falamos do Japão, onde a corrida às lojas parece afirmar-se como um indicador favorável às previsões que antecipam um sucesso ainda maior do iPhone 4, que dos seus antecessores.



Aproveitamos a data da chegado do novo smartphone aos mercados norte-americano, japonês, britânico, alemão e francês para voltar ao tema e percorrer os principais destaques a reter, na actualização do hardware e do software. É que se o telefone começa hoje a ser vendido, a mais recente versão do sistema operativo também acaba de ficar disponível e pode ser usada no novo modelo e nos anteriores (com excepção da primeira geração do equipamento e embora nem todas as funcionalidades estejam garantidas).



Começando pelo hardware, a renovação de todo o design do iPhone é a mudança que mais dá nas vistas quando se compara o equipamento com um modelo anterior. Vidro aluminosilicato e aço inoxidável foram os materiais escolhidos pela Apple para construir o seu novo telefone com uma espessura de 9,3 milímetros, menor que a dos antecessores.



O vidro é 30 vezes mais duro que o tradicional plástico e mais resistente a quedas e riscos, garante a fabricante, para além de assegurar uma camada resistente ao óleo, que ajuda a mantê-lo limpo. A banda com acabamentos em aço inoxidável, que contorna o equipamento, é feita com uma liga personalizada, forjada para ser cinco vezes mais forte que o aço tradicional.

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As melhorias que aperfeiçoam a condição de dispositivo multimédia do equipamento são a outra grande mudança a merecer lugar de destaque. A câmara de cinco megapixéis, com foque automático, zoom digital de cinco vezes, flash LED (para fotografia e vídeo) e a gravação de vídeo em HD são atributos a reter, assim como o FaceTime, que vem garantir o suporte para a videochamada (sem necessidade de configuração adicional da parte do utilizador) ou o novo ecrã retina, que melhora significativamente e resolução de imagem.



A Apple assegura que a tecnologia usada garantirá uma qualidade de imagem pioneira no novo modelo e que o utilizador terá dificuldades em perceber a diferença entre a imagem vista no ecrã e a imagem real, impressa com qualidade, por exemplo.



O ecrã Retina cabe em 3,5 polegadas e dispõe de 960 por 640 pixéis, quatro vezes mais pixéis que o iPhone 3G S e 78 por mais pixéis que o novo iPad, de acordo com dados fornecidos pela própria Apple. Como frisa a mesma fonte são 326 pixéis por polegada, o que aumenta significativamente a nitidez das imagens.



Outra novidade do iPhone 4, disponível em preto e branco, é o gyro de 3-eixos que, quando combinado com o acelerómetro, permite a detecção de movimento de 6-eixos: cima e baixo, lado a lado, para a frente e para trás e pitch e roll. A funcionalidade é interessante sobretudo para os jogos.

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A autonomia do equipamento também melhorou e é agora possível estender o tempo de conversação em cerca de 40 por cento, face ao que era permitido no modelo anterior. O processador A4 da fabricante dá uma ajuda neste upgrade.



Em termos de conectividade, o WiFi mantém-se uma aposta central no telefone da Apple. Junta-se-lhe o quad-band HSUPA, para suportar capacidades de downlink 7,2 Mbps e uplink a 5,8 Mbps.



O sistema operativo de suporte, o iOS4, como seria de esperar, também inclui diversas novidades. São mais de 100 novas funcionalidades e 1.500 novas APIs para técnicos.


O suporte para multifunções é uma das novidades mais aguardadas. Foram surgindo no mercado programas que permitiram colmatar a falha, mas esta é a primeira vez que a Apple inclui a possibilidade de raiz no sistema operativo, garantindo a funcionalidade no iPhone 4, iPod Touch e iPhone 3G S, vendidos a partir de 2009. Os modelos comercializados antes dessa data, que também suportam a versão 4 do sistema operativo, não suportam a funcionalidade que permite realizar várias tarefas em simultâneo.

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Destaque também para o Folders, funcionalidade que vem facilitar a organização das aplicações usadas, permitindo que sejam guardadas em colecções e por categorias, operação que o utilizador pode fazer apenas arrastando ficheiros. O email também foi melhorado e permite agora uma vista unificada de mensagens com várias origens. Enquanto as hipóteses de personalização do ecrã, com wallpapers ou fotos no telemóvel podem dar um ar muito mais pessoal a cada equipamento.



Não está de raiz no software mas tem também suporte garantido no iOS4 a nova aplicação iBooks, que pode ser descarregada de forma gratuita da App Store para quem pretenda também usar o dispositivo como leitor digital de livros, tirando partido da oferta de mais de 60 mil títulos que a plataforma já disponibiliza.



O iPhone 4 ficou hoje disponível nos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Japão com preços a partir de 199 dólares para contratos associados a uma fidelização de dois anos ao operador.



Em Portugal já se sabe que Vodafone e Optimus reeditam a parceria com a Apple para trazer para Portugal a mais recente versão do dispositivo. As empresas ainda não anunciaram preços associados ao equipamento, mas ambas já confirmaram que devem iniciar vendas do dispositivo ainda durante o mês de Agosto.

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Nota de Redacção: Corrigida informação relativamente ao mês em que o iPhone 4 chega a Portugal através de operadores. Será Agosto e não Julho, como por lapso se referia.