A azáfama do regresso às aulas está prestes a tomar conta de milhares de famílias em todo o país. Em setembro arranca o novo ano letivo e para o preparar é preciso comprar livros, cadernos, mochilas, canetas e outro material indispensável aos próximos meses de estudo.



Os preços elevados dos manuais escolares é sempre notícia nesta altura do ano e a necessidade de apostar em políticas que permitam o reaproveitamento de livros de ano para ano também. Até já é possível encontrar algumas iniciativas "oficiais" do poder local, mas a nível nacional continuam a não existir programas ou orientações que fomentem essa lógica.



No entanto, entre privados o mercado de segunda mão está a ganhar terreno. Os sites de leilões e classificados ajudaram a dar dimensão nacional ao fenómeno. O Facebook também se revelou útil para dar escala a iniciativas privadas que procuram fazer desta opção uma verdadeira alternativa aos livros a cheirar a novo.



Hoje reunimos algumas propostas que podem ser interessantes para quem precisa (ou quer) poupar alguns euros na conta da livraria, ou quer ganhar algum dinheiro e espaço nas estantes lá de casa "despachando" livros que já não fazem falta aos estudantes da família.



O Leiloes.net é uma das moradas eletrónicas a que se têm dirigido muitos dos que têm livros escolares que já não precisam, ou procuram alternativas ao material novo. No início do ano letivo passado (entre agosto e outro) o site recebeu 74 mil visitas relacionadas com este tipo de produtos e acolheu 900 transações.



Este ano a plataforma de leilões online tem listados mais de 2.300 livros com preços a partir dos 99 cêntimos, garantiu num comunicado enviado às redações no início da semana. O preço médio dos manuais escolares transacionados por esta via ronda os 7,5 euros, um valor que fica muito abaixo do preço médio dos livros novos.



Os manuais e outros produtos relacionados com o regresso às aulas podem ser encontrados numa secção própria designada por Artigos Escolares. Quem procura especificamente livros deve consultar a secção Manuais Escolares.



Quem vende, além de faturar com a realização de cada negócio, pode ganhar créditos para usar em transações na plataforma, graças a uma campanha que por cada dez novos negócios inseridos nestas duas áreas (Artigos Escolares e Manuais Escolares) oferece um crédito de cinco euros.

[caption]leiloesnet[/caption]

No Miau.pt, outro site de leilões, também há uma secção especificamente dirigida ao Material Escolar. Tal como na concorrência, por aqui vendem-se (e compram-se) manuais e outro tipo de material escolar. Estarão disponíveis neste momento 357 manuais para venda e mais 201 produtos relacionados com o regresso às aulas.



A oferta não é muito extensa e uma rápida pesquisa permite perceber que entre os manuais escolares que podem interessar a quem tem filhos na escola no próximo ano letivo, também se encontram manuais da década de 60 e outros livros menos úteis ao próximo período escolar, mas vale a pena espreitar.



É ainda de referir que até 15 de setembro o site mantém uma campanha de Regresso Às Aulas com condições especiais para vendedores e compradores. Quem vender material escolar no Miau.pt ganha direito a destaque de produto, sem ter de suportar os custos que isso habitualmente representa.



Vender três a cinco produtos dá direito a destaque do anúncio na página principal da secção Material Escolar; vender mais de 6 produtos dá direito a colocar a respetiva fotografia na área de Destaques Principais da homepage do site.



Para os compradores há códigos promocionais que dão acesso a um destaque grátis na página principal do site, a usar em artigos que pretendam colocar à venda até 31 de dezembro de 2012.

[caption]Miau[/caption]

Nos sites de classificados também vai encontrar propostas de livros escolares usados. É o caso do Custo Justo que lista 1.651 ofertas nesta área, entre propostas veiculadas por particulares (a esmagadora maioria) e empresas; ou do segunda-mao.net, que também com uma secção dedicada aos Livros Escolares, embora com uma oferta bem mais limitada.

[caption]Segunda-mao[/caption]

Outra alternativa pode ser o OLX. Na página de entrada do serviço não encontrará um endereço específico para livros escolares, mas avançando na pesquisa de livros está criado um tópico para produtos nesta área.



Quando se entra o site garante que estão listados mais de 6 mil produtos relacionados com aquele tópico. Logo na primeira página de resultados é possível encontrar propostas de venda por ano. Ou seja, para todos os manuais de um determinado ano.

[caption]OLX[/caption]

Muitos dos anúncios não disponibilizam imagens dos livros mas, aqui ou em qualquer outra plataforma online onde decida comprar online, é importante ver o produto antes de decidir a compra, tal como esclarecer todas as dúvidas que possam surgir e optar por meios de pagamentos seguros.


Tentar obter referências do vendedor pode também ser uma boa estratégia, embora nem sempre seja possível fazê-lo. De qualquer forma pode confirmar se há outros negócios em curso ou realizados pelo mesmo vendedor e se existem referências ou uma classificação atribuída, uma prática que os sites de leilões já adotaram. Os de classificados não.



Saltamos para uma proposta diferente mas que pode conduzir ao mesmo resultado: poupar no regresso às aulas. Diferente porque é o resultado de um movimento informal de cidadãos criado para promover a reutilização dos livros escolares.



A Reutilizar.org é tem como missão promover a criação e divulgação de bancos de recolha e troca gratuita de livros escolares em todo o país.

[caption]Reutilizar.org[/caption]

O grupo tem um site oficial e uma página no Facebook, com toda a informação útil para quem tem interesse no assunto.
Vale ainda a pena que sublinhar que na compra de manuais escolares novos também é possível poupar. A utilização das lojas online das editoras ou lojas que comercializam estes produtos é normalmente a forma de o conseguir, já que a venda por esta via beneficia quase sempre de descontos, um tema que fica para um próximo artigo…

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira