Encerra portas hoje a edição 2012 do Mobile World Congress, a maior feira mundial de comunicações móveis. Como é habitual, por Barcelona passaram estes dias (quase) todas as grandes marcas do sector e fizeram-se centenas de anúncios de novos produtos e tecnologias.
Hoje dedicamos algum tempo aos tablets que foram apresentados ou mostrados na feira. Nenhuma das referências está ou estará à venda durante este mês, sobretudo tendo em conta o mercado português.
O traço comum é sem dúvida o Android, que domina completamente este mercado e as aposta na versão mais recente do sistema operativo, que se faz quase sem exceção. A performance, como outro traço comum dos equipamentos que passaram pelo certame, também é de sublinhar.
Vamos a isso, começa a ronda. E começamos com a Huawei por ser precisamente um dos exemplos que ilustra a linha de prioridades evidenciada na maioria dos fabricantes. Nos produtos que a empresa chinesa levou à feira dominaram os processadores de quatro núcleos. Foi assim nos smartphones e foi também assim nos tablets.
A Huawei levou à feira aquele que definiu como o primeiro tablet PC com um processador de quatro núcleos (neste caso de 1,5 GHz e desenvolvido pela empresa). Com um ecrã de 10 polegadas, o MediaPad 10 FHD (a linha MediaPad já existia) é dirigido a quem procura entretenimento e performance, garante a fabricante.
O modelo, que corre a versão 4.0 do Android, integra um ecrã IPS de alta definição e está preparado para conteúdos em 3D e alta definição. Tem suporte para LTE (4G) e no HSPA+ permite atingir débitos de 84 Mbps. A câmara traseira é de 8 megapixéis, a câmara frontal de 1,3 megapixéis e a RAM de 2G. O MediaPad pesa 598 gramas e estará à venda a partir do segundo trimestre.
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Toshiba em protótipo
A Toshiba mostrou em Barcelona um tablet com ecrã de 7,7 polegadas, ainda em protótipo, sem data ou preço de comercialização anunciados. Este AT270 tem um ecrã super AMOLED com uma resolução de 1280x800 pixéis. Ao nível do sistema operativo a opção também recai sobre o Android Ice Cream Sandwich (4.0). A RAM é de 1GB e o processador um Tegra 3 a 1,5 GHz. A memória irá variar entre os 16 e os 64 GB. Ainda não há imagens oficiais do produto. Usamos esta, publicada pelo Engadget.
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Asus em versão transformer
A Asus levou à feira um PadFone, um equipamento que tanto pode ser um smartphone, como um tablet e no limite ainda pode ganhar configuração de notebook. A fabricante tem apostado forte na integração de conceitos e este é só mais um exemplo. O equipamento tem uma câmara de 8 megapixéis, um processador dual core a 1.5 GHz e um ecrã de 4,3 polegadas super AMOLED (que cresce para as 10,1 polegadas na versão tablet). A memória disponível pode ir até aos 64 GB.
No software a opção é, sem surpresas, Android de última geração. O PadFone tem lançamento mundial marcado para abril mas para Portugal ainda não há detalhes, como explica a empresa localmente.
Para passar de smartphone a tablet o equipamento tem de ser encaixado numa PadFoneStation. Ganha o teclado que lhe dá ares de notebook graças a um keyboard dock opcional.
Num vídeo promocional é possível perceber o processo.
Embora a Huawei tenha anunciado o seu tablet como o primeiro quad core do mundo com LTE, na verdade o título foi seu por pouco tempo. A Asus respondeu com o Transformer Pad 300, que em termos de conectividade estará disponível em versões com Wi-Fi, 3G e LTE. Com um processador quad Nvidia Tegra 3 a 1,2 GHz, câmara autofócus de 8 de megapixéis e Android 4.0, o equipamento conta com ecrã multitoque de 10,1 polegadas e 1 GB de RAM. Tal como os antecessores da linha Transformer, a transformação de tablet para notebook é garantida pelo teclado físico que pode ser integrado.
Características idênticas - no que se refere à aposta numa elevada performance - tem a linha Transformer Pad Infinity que a fabricante também levou à feira. A linha integra tablet com processadores de 2 e 4 núcleos, câmaras de 2 e 8 megapixéis e o sistema operativo é Android 4.0.
Veja o vídeo da apresentação do PadFone e das novas séries Transformer
Samsung tira notas
Já referido pelo TeK no início da semana, numa montra que reuniu as primeiras novidades do Mobile World Congress, uma nova edição do Galaxy Note foi a novidade que a Samsung reservou para a feira mundial das comunicações móveis, em matéria de tablets. Na edição de estreia o Note foi apresentado como uma fusão entre tablet e smartphone, juntando as funcionalidades associadas ao primeiro conceito, à mobilidade que se atribui ao segundo.
A Samsung mantém a aposta mas estica-lhe o ecrã até às 10,1 polegadas. A caneta que faz lembrar a era dos PDAs mantém-se, mas a precisão aumentou, garante a fabricante, que optou neste equipamento por um processador de 1,4GHz e conectividade Wi-FI e HSPA+.
Sobre a caneta e as facilidades de escrita no Note, diga-se que a Samsung está plenamente convencida do valor da sua proposta e tem apostado nesta funcionalidade para promover o dispositivo. Deixamos um vídeo de uma iniciativa organizada pela marca onde o Note é a base de trabalho para criar grafities.
Fujitsu à prova de água
Uma das apresentações mais originais no que se refere aos tablets coube à Fujitsu, que levou à feira um modelo capaz de entrar na água, descer a um metro e meio de profundidade e continuar a gravar durante meia hora. O modelo é no entanto o único dos que referimos neste artigo que não integra a mais recente versão do Android, ficando ainda pela versão 2.3.
O processador é um dual core de 1 GHz e a câmara de 5,1 megapixéis. Já é compatível com tecnologia LTE e foi identificado pela marca como High Scep e integrado numa linha Arrows com outros modelos que também vão à água. Na feira foram mostrados em conjunto num ambiente bem húmido.
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Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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