Foram quase 350 os inscritos na edição deste ano do Next-Gen PC Design, um concurso que a Microsoft promove desde 2005 e que aposta na inovação do design para PCs do futuro, assim como na mudança de paradigmas de experiência e interacção com o computador para além da protecção do meio ambiente.

Os cinco vencedores deste ano conjugam o arrojo do design e os novos conceitos e foram seleccionados pelo júri de entre uma short list de 34 finalistas, sendo um dos vencedores seleccionado pelo público.

O TeK mostra-lhe as imagens dos vencedores deste ano, longe das caixas cinzentas de bejes doc PCs de secretária, mas avisamos já que na redacção temos dúvidas sobre a concretização de alguns dos conceitos....

MADE in China

http://imgs.sapo.pt/gfx/426052.gif O vencedor do primeiro prémio explora conceitos orientais para mostrar um modelo que foi desenhado especificamente para garantir a familiaridade aos 1,3 mil milhões de chineses, potenciais utilizadores. John Leung, um estudante de arquitectura, brincou com o trocadilho dos computadores feitos "na" China e decidiu criar um feito "para" a China.

O resultado é um PC com interface de toque - semelhante a um prato de servir chinês - e uma unidade remota onde se guardam os documentos e aplicações. Os pauzinhos podem ser utilizados como dispositivos de introdução de dados, substituindo o tradicional teclado.

blok

http://imgs.sapo.pt/gfx/426054.gif A pensar nas crianças do Jardim infantil, uma equipa de estudantes de design da Universidade de Carleton criou o blok, com um modelo inspirado numa caixa semelhante ao jogo tradicional de construção por blocos. Christianne LeBlanc, Jessica Livingston e Maarianne Goldberg pensaram o blok como uma ferramenta educativa e defendem que as crianças não aprendem a usar as ferramentas da mesma forma como os adultos, o que justifica a diferença.

O blok limita-se a tarefas simples, como o reconhecimento de formas, números e letras, mas também contempla tarefas colaborativas, montando um puzzle com as peças fornecidas.

No pacote estão incluídos dois teclados para ajudar a explorar o alfabeto, um bloco de desenho digital e ainda microfone e auscultadores para utilizar software de reconhecimento de voz.

BulbPC

http://imgs.sapo.pt/gfx/426051.gifUma das propostas mais estranhas a concurso, o BulbPC pretende ser um computador simples e eficiente para mercados em vias de desenvolvimento e foi pensado para caber nos buracos das secretárias, sendo fornecido em kits que são facilmente montáveis.


O interface não é mais do que um conjunto de conectores para os diversos dispositivos que têm de ser acrescentados mas Allen Wong e Matt Conway, os criadores da ideia, defendem a sua simplicidade e eficácia em ambientes desfavorecidos, sobretudo pela modularidade.

Zeed+ for the Future
http://imgs.sapo.pt/gfx/426055.gifDe forma a maximizar a mobilidade dos componentes de hardware, Kenneth W. K. Wu, um designer de Toronto, no Canadá, pensou num modelo inspirado no "Ikebana", a arte tradicional de arranjo de flores japonesa. Cada um dos componentes é uma folha ligada a uma base que pode ser retirado de forma fácil.
A base da unidade é o centro de interface, podendo ser operado através de toque e replicando as funções que esperamos encontrar num computador.


Kenneth Wu defende que desta forma as pessoas não têm de aprender a trabalhar com o computador e que este modelo facilita o upgrade. O trabalho ganhou o terceiro prémio do júri que dá direito a 10 mil dólares.

Light up your Life

O conceito que ganhou o prémio do público também é dirigido aos países em vias de desenvolvimento e integra um terminal móvel cilíndrico, designado por Light porque combina a possibilidade de servir de lanterna com um leitor multimédia portátil, telemóvel e interface de computador para acesso sem fios a servidores remotos. A interacção pode ser feita pelos meios tradicionais ou usando a fala, o que facilita a relação com o utilizador.
Zhu Fei, um designer chinês freelance, diz que o Light pode ser usado como acessório de moda e que o facto de dispensar os interfaces habituais abre possibilidade de utilização a um leque mais vasto de utilizadores.