Do outro lado do Atlântico vem a previsão de que o investimento em publicidade online nos Estados Unidos vai superar este ano, e pela primeira vez, o montante destinado aos meios impressos, atingindo os 119,6 mil milhões de dólares.

Do valor total, 63 mil milhões, ou 52,8 por cento, serão aplicados pelos anunciantes nos seus próprios sites, segundo dados da Outsell.

Na Europa, a publicidade online também tem vindo a ganhar relevo, pelo menos assim o indicam os números apurados para a Grã-Bretanha, onde os anunciantes investiram em 2009 mais 4,2 por cento do que no ano anterior, fazendo subir os valores para os 5,3 mil milhões de dólares.

As campanhas com links patrocinados (resultados de buscas pagos) têm-se revelado bastante populares em terras de Sua Majestade, representando 60,7 por cento de todo o investimento publicitário.

Já no que diz respeito a formatos, a escolha de anúncios com vídeos aumentou 140 por cento, enquanto o investimento em banners e outros formatos mais tradicionais caíram 4,4 por cento, reflectindo as tendências mundiais.

Reconhecido por muitos como o "pai da publicidade online", o banner foi de facto um dos primeiros formatos publicitários a vingar na Internet, mas como qualquer produto maduro, dá mostras de cansaço, comprovado pela sucessiva redução do CTR (click through rate), ou seja, do número de pessoas que vendo o anúncio, clicam no mesmo.

De qualquer modo, há quem defenda que o tradicional banner não sairá de cena tão cedo, alegando que formato pode tornar-se mais atrativo se casado com outras tecnologias, como o vídeo, no qual o utilizador clica no anúncio e pode ver um vídeo da campanha, por exemplo.

Com o intuito de melhorar os resultados das campanhas, é por isso natural que a publicidade para a Internet assente cada vez mais na criatividade e na interacção, como defende a agência de meios Creative Partner, numa análise recente, procurando reformular formatos ou mesmo criar novas formas de display.

Peças extensíveis, com vídeos ou jogos e que despertam a reacção do utilizador, são as que terão maior probabilidade de resultar junto do público, defende a empresa de planeamento e compra de espaço publicitário online.

[caption]M-Rec[/caption]

Entre as formas mais utilizadas nos últimos anos na procura de maiores taxas de CTR está o Leaderboard, um banner horizontal com a dimensão de 728x90 pixéis e que está normalmente situado no topo ou no fundo do suporte, e o Skyscraper, um banner vertical com a dimensão de 120x600 pixéis, normalmente localizado no lado direito do suporte.

[caption]M-Rec[/caption]

O M-Rec, com as variantes M-Rec Vídeo e M-Rec Extensível, também costumam fazer parte do leque de escolhas dos anunciantes, publicidades constituídas por um banner de 300x250 pixéis de dimensão, que está normalmente situado no lado direito dos suportes e que pode suportar vídeo (M-Rec Vídeo) ou ser extensível - através de clique (Expansão Onclick) ou apenas com a passagem do rato (Expansão Mouseover).

Um dos formatos com que os internautas mais se têm deparado nos últimos tempos é o Layer, um pop-up constituído por uma peça com dimensões variáveis que surge sobre os conteúdos do suporte, que tem um tempo limitado de exposição e que pode deixar de estar visível por acção do utilizador através de um botão de "fechar" - nem sempre fácil de encontrar.

Entre as novas apostas , destaque para o SideKick, que consiste numa peça de formato M-Rec, Leaderboard ou Skyscraper que se expande, através de mouseover ou clique, empurrando a página para a lateral esquerda.

[caption]SideKick[/caption]

O Vídeo Pré-Roll também tem somado adeptos. Com este formato, o utilizador é encaminhado para um espaço totalmente dedicado ao produto, podendo sempre regressar ao suporte de origem através do botão de fechar da peça, tal como acontece com o Layer. Estas peças nunca deverão ter uma duração superior aos 15 segundos, aconselham os entendidos, para não saturar o utilizador. Este formato é normalmente conjugado com um M-Rec ou um Leaderboard.

[caption]Pre-Roll[/caption]

Entre todos os formatos existentes, muitos desagradam aos consumidores, que os consideram demasiado intrusivos na sua navegação. O que é certo, é que a publicidade independentemente do seu peso, continua a ser uma fonte de receita que as empresas que marcam presença na Internet não podem ignorar, principalmente aquelas que não têm fontes alternativas.

Nota de redacção: O texto foi alterado, corrigindo-se um erro na palavra "Majestade".