Ainda estamos longe de cenários em que os Robots convivem de igual para igual com os humanos, dificultando até a identificação do que é "natural" e biónico, como acontece em filmes como o Blade Runner ou Artificial Intelligence (A.I.). Mas na verdade estes seres robóticos já começaram a invadir o nosso dia-a-dia.

Sem a capacidade de interpretar e sentir emoções, mas revelando as suas potencialidades em tarefas repetitivas, os robots já estão presentes em muitas indústrias, na exploração espacial e até assumiram tarefas reservadas aos militares, na observação de espaços perigosos e detonação de engenhos explosivos.

A área da Saúde é também uma das que começa a colher frutos do desenvolvimento robótico, quer do ponto da cirurgia quer da própria deslocação de doentes.

Também no entretenimento e lazer já começam a surgir exemplos de robots humanóides que podem num futuro próximo realizar tarefas domésticas ou assumir o papel de companheiros de brincadeiras e aprendizagem.

O ASIMO da Honda acaba de celebrar os 10 anos e continua a ser um dos principais exemplos do que um robot pode fazer, descendo escadas, correndo, dançando e até conduzindo uma orquestra.

[caption]ASIMO[/caption]

O vídeo que reproduzimos abaixo mostra o que este projecto já evoluiu nos últimos dez anos e a forma como tem vindo a ser incorporada mais inteligência e mobilidade neste robot.Enquanto não o pode ter sentado a seu lado, um Widget para o desktop traz este robot da onda para o seu computador, podendo movimentar-se pelo espaço de trabalho, mostrar as últimas notícias da marca e até dar acesso a um boco de notas.

Igualmente pouco acessível ao comum dos mortais, mas mais sexy, o a href="http://www.aist.go.jp/aist_j/press_release/pr2009/pr20090316/pr20090316.html" target="_blank">HRP-4C Gynoid do Instituto Japonês de ciência e tecnologia industrial recorda algumas das personagens de robots femininas de filmes e séries, como a segunda época da Galactica.

Pensada para ser usada na indústria do entretenimento como modelo, esta robot tem cabelos negros, corpo prateado e feições orientais, que são controladas à distância através de bluetooth, pondo em marcha 42 dispositivos para simular movimentos e expressões faciais.

[caption]HRP-4C Gynoid[/caption]

Apresentada no ano passado, estreou-se já nas passereles na Semana de Moda de Tóquio e tem vindo a mostrar o seu encanto em várias aparições públicas, como se pode ver no vídeo que reproduzimos abaixo.Mais do que andar, falar e realizar tarefas simples, o desenvolvimento de capacidades cognitivas é a barreira na qual muitos investigadores estão a investir, procurando robots que aprendem e reagem emocionalmente, tornando-os companheiros de brincadeiras ou aprendizagem.

[caption]Robotcub[/caption]

Em Portugal têm-se dado passos largos na área da robótica, que se reflectem especialmente nas vitórias somadas nos campeonatos mundiais de futebol robótico, que assumem dimensões mediáticas importantes. O contributo mede-se na simulação e realização de tarefas, que são alargadas também a outras situações, como o resgate em situações de emergências.

Fora do futebol e das simulações o desenvolvimento passa também por outras áreas de experimentação, nomeadamente com o CHICO, um protótipo baseado na plataforma RobotCub, que mostra já algumas reacções emocionais, como revela este filme do Instituto Superior Técnico no YouTube.

Esta plataforma open source já tem mais de duas dezenas de exemplares espalhados pela Europa, permitindo a investigadores experimentar e desenvolver novas técnicas. Mas há outros campos de experimentação, como o projecto Paco-Plus, financiado pela Comissão Europeia.

Aqui tenta-se que os robots comecem a "pensar" nas acções que podem realizar com cada objecto, numa nova tendência de conhecimento que tem aberto novos campos à ciência.

[caption]paco plus[/caption]

Enquanto espera que estas propostas cheguem à realidade do dia-a-dia, pode sempre ir experimentando construir o seu próprio robot com kits que já estão disponíveis no mercado, como o TeK já escreveu numa sugestão, mas que naturalmente não se aproximam deste nível de sofisticação.