Vamos admiti-lo. Os smartphones são os grandes responsáveis pela proliferação dos ecrãs táteis. Mesmo que estes se encontrem também noutro tipo de telemóveis de gama mais baixa e funcionalidades mais simples, é nos equipamentos de nova geração que adquire maior sentido a navegação controlada mediante toques no ecrã e manipulação direta dos conteúdos a que se quer aceder. É mais intuitivo alegam os adeptos da tecnologia. Mas nem todos pensam assim.

Numa altura em que os ecrãs táteis dominam o mercado dos smartphones e a tendência é para a inclusão de um número cada vez menor de teclas físicas nos telefones (veja-se, por exemplo, o caso do novo Windows Phone da Nokia, que nem tem botões frontais), há um sem número de utilizadores que não se reveem nessa forma de interagir com os seus telemóveis. Os dispositivos com teclados QWERTY são uma boa uma alternativa.

Estes teclados completos replicam num smartphone a organização típica das letras num teclado de computador. Normalmente contam também com botões dedicados ao cursor, que permitem navegar entre itens, menus e páginas Web, por exemplo.

Embora em muitos casos os equipamentos com teclado QWERTY continuem a incluir ecrãs táteis, o tamanho destes acaba por sair prejudicado, o que pode dificultar algumas das tarefas a desempenhar com toques no ecrã que precisem de mais espaço de visualização. Se isso for um problema, pode valer a pena ponderar um telefone onde o teclado completo esteja recolhido debaixo do ecrã. Aquilo a que habitualmente chamamos design slide.

[caption]Sony Ericsson Vivaz Pro[/caption]

O Sony Ericsson Vivaz Pro é um dos modelos com essa particularidade. Equipado com o sistema operativo Symbian (mais conhecido pela presença em terminais Nokia) e com um ecrã tátil (TFT HD, 360x640p) de 3,2 polegadas e formato 16:9, o smartphone esconde um teclado completo que desliza para debaixo do ecrã.

O processador é de 720 MHz e a câmara é de 5,1 megapixéis, com flash, e também grava vídeo em HD (720p). Ao nível da conectividade fica garantido o acesso à Internet até 7,2Mbps, ligação Wi-Fi e Bluetooth, bem como DLNA e um cabo TV-out.

Disponível em preto e branco, pesa 171 gramas e assegura autonomia até 12:30 horas de conversação em GSM (5:10 horas em UMTS) e 440 horas em espera. Na loja online da TMN custa 299,90 euros.

[caption]sony Ericsson Xperia X10 Mini Pro[/caption]

Mais barato é outro modelo slide da mesma marca, o Xperia X10 Mini Pro, que a Vodafone comercializa online por 139,90 euros (ou cerca de 250 livre de operador, em lojas como a Fnac). É também pequeno e mais fraco ao nível das características, contando, por exemplo, com um processador de 600 MHz.

O ecrã tátil tem 2,5 polegadas (com uma resolução de 240x320) e a câmara é de 5 megapixéis. O sistema operativo incluído é o Android, mas na versão 2.1, também conhecida como Eclair.

[caption]LG[/caption]

Pelo mesmo preço é possível optar antes por uma proposta QWERTY da LG, o Maximo Pro, lançado este verão no mercado português. É vendido na loja online da TMN a 139,90 euros, mas livre de operador custa cerca de 200 euros, nas lojas da especialidade.

Equipado com Android 2.3 (Gingerbread) e com um ecrã tátil de 2,8 polegadas (resolução de 240x320p), conta com um processador de 800 MHz e uma câmara de 3 megapixéis que também capta vídeo.

Também na casa dos 200 euros andam os preços avançados pelos três operadores portugueses para o HTC ChaChaCha. Aquele que ficou conhecido como "o telefone do Facebook" e que o TeK já testou, é dos poucos do lote de hoje a ser comercializado pela Optimus, TMN e Vodafone, por valores entre os 254 e os 270 euros. Livre de operador custa, em regra, 329 euros, mas encontrámo-lo mais barato na Expansys, onde o valor se fixa nos 209,90 euros mais despesas de envio.

[caption]HTC ChaChaCha[/caption]

À semelhança do LG Maximo Pro, também este equipamento conta com a versão 2.3 do Android. O ecrã tátil capacitivo mede 2,6 polegadas (com uma resolução de 480x320) e o processador incluído é de 800 MHz.

A máquina fotográfica e de vídeo integrada na traseira do telefone tem uma resolução de 5 megapixéis, auto-focus e flash LED. À frente existe uma segunda câmara, VGA.

Para além deste, existe apenas mais dois modelos presentes nos três portefólios: o BlackBerry Curve 8520 e o Bold 9780. Nenhum deles tem ecrã tátil.

O primeiro, mais antigo, é comercializado por valores entre os 189,90 e os 199,90 euros. Conta com uma câmara de 2 megapixés e processador de 512 MHz, mas não assegura ligação 3G à Internet. Para usufruir da ligação de terceira geração é preciso escolher o Curve 3G 9300, que custa cerca 300 euros.

[caption]BlackBerry Curve 8520[/caption]

O BlackBerry Bold 9780 inclui ligação 3,5G (para velocidades até 3,6 Mbps), vem equipado com uma câmara de 5 megapixéis com autofócus e flash LED. Custa entre 389,90 e 399,90, consoante a operadora escolhida.

Outra das marcas que mantém vários modelos de teclado QWERTY no portefólio é a Nokia. O E72, por exemplo, é comercializado tanto pela TMN como pela Optimus, embora os preços propostos variem entre os 299,90 e os 319,20 euros.

Com um ecrã de 2,4 polegadas (320x240 pixéis) integralmente destinado à visualização e um processador de 600MHz, suporta até 6 horas em conversação e 528 horas em espera. O sistema operativo incluído é o Symbian 9.3.

[caption]Nokia E72[/caption]

A navegação na Internet faz-se com conectividade 3,5G, para velocidades até 7,2 Mbps, estando também assegurada a ligação Wi-Fi e Bluetooth. Câmara de 5 megapixéis com autofócus e flash LED e GPS com bússola digital são outras das características do dispositivo.

Voltando ao Android - e aos equipamentos mais "em conta" - vale ainda espreitar a proposta que a Optimus dedica ao segmento mais jovem, o Pequim Android, que também já passou pela redação do TeK. Na altura trazia ainda a versão 2.1 do sistema operativo da Google, com que chegou ao mercado, mas atualmente já é vendido com a versão 2.2.

[caption]Optimus Pequim Android[/caption]

Embora o ecrã de 2,6 polegadas seja tátil, é resistivo, não sendo particularmente apelativo para quem procura um smartphone para mexer no ecrã. Mas não era essa a ideia, pois não? Além disso, traz uma trackball que ajuda à navegação.

O seu principal atrativo será, provavelmente, o preço: 129,90 euros, se comprado online. Mas o valor pode descer se tiver pontos para dar em troca. A câmara é de 3,2 megapixéis mas não pode ser propriamente considerada um ponto forte, mas sabe que vai, por exemplo, poder contar com conectividade 3,5G, Wi-Fi e Bluetooth, GPS e bússola digital.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico