Os números das consultoras deixam entrever o sucesso que os wearables podem ter a curto e médio prazo, com os smartwatches a assumirem mais relevância no bolo de vendas previstas. Este ano devem ser vendidos 22 milhões de dispositivos wearable, um número que mais do que duplica o total alcançado no ano passado e a Europa prepara-se para liderar a procura.

A CCS Insigh antecipa que serão vendidos qualquer coisa como 68 milhões de relógios inteligentes em 2018, e as fabricantes de telemóveis e de relógios tradicionais concorrem entre si para garantir acesso a estes consumidores, ou estabelecem parcerias para produtos conjuntos.

Uma primeira fase de desenvolvimento do conceito levou a apresentação de vários modelos de que o TeK foi dando conta, entre as versões beta e primeiras experiências de mercado.

A IFA - que ontem terminou em Berlim - foi, como seria de esperar, palco para o lançamento de novos modelos, ou novas versões de alguns modelos que já estão no mercado, mas o esperado anúncio do iWatch da Apple veio trazer um novo nível de concorrência.

Veja ou reveja algumas das novas propostas a chegar às lojas e comece já a fazer contas para trocar, ou não, o seu relógio de pulso tradicional.

Samsung Gear S

A Samsung apresentou a evolução do seu conceito de smartwatch na IFA, embora já tivesse mostrado o Gear S uns dias antes. A marca preocupou-se sobretudo com o design, mas também em tornar o relógio mais independente do telemóvel, com conetividade Wi-Fi e GPS, assim como mais capacidade de processamento própria com um processador dual core a 1 GHz.

No design o formato arredondado ajuda a ajustar o smartwatch ao pulso, tornando-o mais apetecível a quem não quer trazer um "trambolho" no pulso, mas continuando a apostar no modelo retangular.





O relógio vai chegar às lojas em outubro, mas o preço ainda está no segredo dos deuses, embora se aponte para valores acima dos 400 euros.

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Sony SmartWatch 3

Integrado na gama de SmartWear, o novo relógio inteligente da Sony integra também GPS e 4GB de armazenamento. O suporte ao Android Wear garante a ligação a funcionalidades de informação, comunicação e entretenimento mesmo quando está longe do smartphone e tornam o smartwatch mais independente.

A marca japonesa tem também uma versão light, o SmartBand Talk com um ecrã e-paper que está sempre ativo e permite chamadas de voz e comandos para ativar algumas funcionalidades a partir da pulseira.

A Sony garante que ambos estarão à venda este outono, mas não divulga datas, preços, nem a lista de países onde os produtos vão chegar primeiro às lojas.

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Motorola Moto 360

Depois de o ter mostrado na conferência da Google, a Motorola lançou oficialmente o Moto 360 num evento paralelo à IFA.

O design tradicional e o mostrador redondo estabelecem a diferenciação, já que o Android Ware faz com que as funcionalidades sejam equivalentes aos outros relógios inteligentes, com as notificações, comandos de voz e funções ligadas à saúde, como um pedómetro e medição de frequência cardíaca.

A memória RAM é de 512 MB e a capacidade de armazenamento de 4 GB, prometendo a Motorola que a bateria dura um dia completo.

Com o ecrã redondo, um dos primeiros, o relógio inteligente vai chegar às lojas dos principais mercados em outubro e custar cerca de 250 euros.

Ficam adiadas mais para o final do ano as versões metálicas, que serão mais caras.

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LG G Watch R

A combinação do design tradicional com as funcionalidades de smartwatch é um dos pontos fortes do relógio da LG, com um ecrã também redondo como o da Motorola e várias opções de pulseiras em pele.

A LG quer conquistar definitivamente este mercado e o LG G Watch R tem um ecrã OLED onde é simulado o relógio comum, mas mostrando também mensagens e alertas em ligação ao smartphone, baseadas no Android Wear.

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Asus Zenwatch

Numa onda mais Zen, a Asus levou também ao palco da IFA o seu primeiro smartwatch, onde o Android Wear domina as funcionalidades e a fusão de conceitos entre os apontamentos metálicos e as pulseiras de couro funcionam bem.

O ecrã de 1,6 polegadas tem por trás um processador Qualcomm 400 a 1,2 GHz e 512 MB de memória, a que se soma um espaço de armazenamento de 4 GB.

Tal como o Moto 360 e o LG G Watch R vai suportar as apps desenvolvidas para a plataforma da Google e deve chegar mais para o final do ano à europa com um preço que pode rondar os 200 euros.

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Apple Watch ou iWatch

O nome ainda não é garantido, mas o primeiro novo produto que a Apple apresenta ao fim de quatro anos traz algumas inovações de conceito ao mundo dos smartwatchs, sobretudo a nível de pagamento.

Ainda em modo de conceito, o iWatch não deixou de gerar entusiasmo mas que é ainda um conceito e que não estará à venda este ano.

A Apple posiciona o relógio como um dispositivo que servirá de companheiro ao iPhone, mas não só, medindo indicadores de saúde, usando a localização do GPS para ajudar a navegar nos mapas. E não esqueceu o design, como seria de esperar na marca.

Tudo contado não será assim tão inovador face ao que a Google já está a fazer no Android Wear, com múltiplas opções de design, fabricantes e preços.

O relógio estará disponível em três versões, em duas versões metálicas e uma em ouro, e a versão base deverá custar acima dos 350 euros.

Já sabe qual vai colocar na sua lista de compras? e está disponível para abandonar o relógio de pulso tradicional em favor das novas opções?

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico