Encerrou ontem mais uma edição do Congresso das Comunicações da Associação Portuguesa das Comunicações. Ainda não são conhecidos os números de balanço do encontro, mas já é seguro dizer que foi o evento mais relevante do sector este ano, ou não fosse sempre.
A par com o programa de conferências, concentrado em dois dias, decorre uma mostra tecnológica. É um espaço reservado aos patrocinadores do evento, onde estes podem mostrar as suas inovações tecnológica, mas por onde também passam algumas inovações criadas por nomes menos conhecidos.
No já tradicional Innovation Lounge desfilaram empresas como a Efacec, a Sony, a Zon, a Portugal Telecom, a Cisco ou a HP. Todas mostrando as suas inovações. No caso da PT esteve em destaque o 3D. A Sony seguiu a mesma tendência, aproveitando também para mostrar tecnologias ligadas à televisão, a IBM mostrou soluções de computação, ou a Zon que mostrou a oferta Zon Fibra.
Por aqui também não foram raros os exemplos de esforços para diversificar ofertas e mostrar que os players mais tradicionais das telecomunicações estão cada vez mais apostados em chegar a novas áreas e potenciar as valências de uma banda cada vez mais larga.
A Alcatel-Lucent deu um exemplo neste sentido. A empresa mostrou no congresso exemplos dos seus desenvolvimentos mais recentes nas áreas tradicionais de operação, como as tecnologias móveis, com a demonstração de uma solução completa de LTE que permitia perceber as enormes melhorias que a quarta geração vai introduzir ao nível da qualidade e rapidez das comunicações. Fazer o uplink e conteúdos para a TV ou download para o PC foram exemplos em demonstração real, usando um protótipo de uma estação base LTE desenvolvida para fornecer serviços de alta capacidade em zonas de grande densidade de utilização.
No mesmo espaço a Alcatel-Lucent mostrou também várias apostas na área da saúde que, como também têm feito outros fabricantes, como a Cisco, concentra uma forte aposta nesta tarefa de desenvolver novos serviços, aplicados a segmentos e necessidades específicas. Um sistema de monitorização de sinais vitais e comunicação via Internet, ou um serviço de tele-assistência foram exemplos mostrados.
Tecnologia emergente e nacional
Na área reservada a projectos e empresas mais emergentes encontrámos algumas novidades interessantes. A tecnologia era o traço comum aos projectos nacionais que por ali se mostraram à procura de financiamento, ou simplesmente, de maior visibilidade.
A Ubiwhere é um dos exemplos. A empresa existe há três anos desenvolve soluções à medida na área das telecomunicações para operadores, soluções na área do turismo e aplicações móveis e recentemente desenvolveu uma solução de quadros interactivos que está a divulgar. O produto integra o consórcio e-xample, um cluster de empresas na área das soluções educativas que pretende aproveitar a exportação do conceito e-escolas para saltar fronteiras.
O Ubistudio destaca-se de outros produtos, como explicou ao TeK Ricardo Machado, pelo facto de ser uma aplicação compatível com qualquer quadro interactivo e com uma especial preocupação ao nível da simplificação do design.
Aplica um conceito de tela infinita - que permite estender a dimensão da tecla onde se registam anotações, à medida das necessidades -, importar apresentações do PowerPoint e editar documentos Office ou pesquisar sites directamente na tela, a partir do browser.
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Outra novidade em fase de lançamento, presente no espaço de exposição do congresso, foi o Check-in da WiZi. A solução, que chegará ao mercado no final do mês, é dirigida a empresas e aplica a lógica de localização usada na rede social Foursquare.
É uma solução para gestão de funcionários no exterior que, como explica André Gonçalves, responsável de comunicação da empresa, pretende não ser intrusiva, mas garante à empresa que todos os registos de localização enviados pelos funcionários são verdadeiros, uma vez que são certificados por GPS.
O acesso ao Check-in será gratuita. As empresas que pretendam usar o serviço podem personalizá-lo com a sua imagem e só terão de pagar pelos check-ins realizados. Estarão disponíveis pacotes de Check-in de várias dimensões.
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Também dirigidas ao mercado empresarial são as soluções desenvolvidas e mostradas no congresso pela Metatheke. Este spin-off da Universidade de Aveiro é responsável pelo desenvolvimento da plataforma de comercialização de conteúdos em formato digital da McGrawHill, da Oxford University Press, Springer entre outras.
A empresa também desenvolveu a plataforma Recortes.pt e mostrou-a na antiga FIL. Trata-se de um quiosque para venda de jornais e revistas e é para já um dos principais focos de internacionalização da empresa. Já está em Cabo Verde e prepara a entrada em Angola e Moçambique.
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Os utilizadores da plataforma podem comprar assinaturas e ter acesso às publicações gratuitas ali registadas. Cada conta de utilizador pode ser personalizada com recortes, marcadores de notícias, comentários e outras funcionalidades que permitem criar um arquivo pessoal de informação.
No mesmo espaço de exposição de projectos do Congresso da APDC havia ainda para ver novas soluções de gestão documental, suporte ao cliente, serviços de engenharia informática oferecidos numa lógica de partilha de risco com o cliente, software à medida, soluções de localização ou Business Intelligence.
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