Não há marca automóvel que não antecipe o futuro. Uma estratégia que não é de agora, embora as oscilações do preço do petróleo e as crescentes preocupações com as questões ambientais possam contribuir de momento para aumentar a pressão pela procura de modelos mais inteligentes e económicos.

Sem qualquer pretensão de análise, nem preferência por fabricantes, pegámos nos últimos anúncios e deixamos aos nossos leitores uma montra onde se apresentam veículos que poderemos conduzir ou ver passar por nós num futuro não muito longínquo.

Há modelos que estão prestes a chegar ao mercado, outros que são apenas protótipos, e entre esses alguns que provavelmente nunca o vão deixar de ser…

Apresentado muito recentemente, o PUMA (Personal Urban Mobility and Accessibility)junta a sabedoria da fabricante das populares scooters de” andar em pé”, a Segway, e da norte-americana General Motors num pequeno veículo eléctrico para duas pessoas, assente em duas rodas.

Este veículo pode alcançar uma velocidade máxima de 60 km/h, numa autonomia - proporcionada pelas baterias de iões de lítio - de 60 km.
O PUMA utiliza apenas duas rodas, paralelas. O equilíbrio é mantido graças à tecnologia de balanceamento da Segway, que já marca presença nos aparelhos da marca.

Já a Peugeot deu recentemente a conhecer o projecto vencedor da quinta edição do seu concurso de design, cujo objectivo era criar um automóvel urbano para as cidades do futuro, o RD.

Este protótipo é um monoposto com três grandes rodas e um motor eléctrico, de estrutura flexível, que permite aumentar ou reduzir a distância entre-eixos.


Graças ao seu sistema articulado, vai ser possível compactar o automóvel em situações de tráfego intenso e a baixas velocidades.

Mesmo que a Peugeot não tenha planos para produzir o modelo, as ideias do designer colombiano Carlos Arturo Torres Tovar poderão vir a ser aproveitadas em futuros carros da marca, tal como já aconteceu relativamente a propostas apresentadas anteriormente.

Valendo-se igualmente da criatividade alheia, a Audi lançou o desafio "Intelligent Emotion" aos estudantes de design da Universidade de Munique, na Alemanha, que teriam a missão de criar modelos que traduzissem o conceito de mobilidade para as próximas décadas, tendo presentes as características da marca.

Em resultado, a fabricante alemã colheu onze ideias visionárias, que vão desde um supercarro híbrido, até um projecto de design de interiores, que propõe a utilização de materiais leves e resistentes.

E por falar em materiais leves, o que dizer do GINA, sigla para Geometry and Functions In ‘N’ Adaptions, um concept car da BMW cuja carroçaria é feita em tecido. Além da leveza, o carro tem como vantagem poder mudar de forma graças à sua "pele".

Por último deixamos uma alternativa de transporte público: o Superbus. O projecto – que já tem algum tempo e que por esta altura já deveria ser realidade – é financiado pelo governo holandês e concebido pela Universidade de Tecnologia de Delft com o objectivo de se apresentar como uma alternativa aos transportes ferroviários de alta velocidade.

Este super-autocarro com capacidade para 50 passageiros poderá percorrerá a estrada a 250 km/hora
Com 15 metros de comprimento e 2,5 metros de largura, as suas dimensões em nada diferem das de outras viaturas de transporte de passageiros. Porém, devido à ausência do compartimento inferior para bagagens e à colocação baixa dos assentos, possui uma altura total de apenas 1,70 m.

Tal como um automóvel desportivo topo de gama o Superbus está equipado com uma panóplia de soluções tecnológicas avançadas: computador de bordo, suspensão activa, radar para detecção de obstáculos, navegação automática, etc.

A propulsão será assegurada por seis motores eléctricos, um por cada uma das seis rodas, com uma potência de cerca de 300 Kw (400 HP).