É verdade que nos últimos dias o Windows 7 é o tema mais falado no TeK, mas a ocasião justifica-o: hoje ficou disponível para download público a Release Candidate do novo sistema operativo, uma versão quase final que já garante estabilidade para quem quiser experimentar sem "queimar fusíveis" a compatibilizar o sistema.

O interesse no novo sistema operativo da Microsoft tem sido bastante elevado em Portugal, onde já foram feitos mais de 100 mil downloads da beta e distribuídos mais de 10 mil DVDs em eventos e directamente a clientes da empresa. Portugal conta também com um dos maiores grupos de beta testers, com 90 profissionais a ajudar na detecção de bugs e na melhoria do sistema operativo.

Se não está entre este grupo restrito de beta testers, veja com o TeK os principais destaques do novo sistema que deverá chegar às lojas ainda este ano.

Para os consumidores finais a aposta da empresa é na rapidez e eficiência, sem descurar a segurança mas procurando criar sistemas menos intrusivos. Ou chatos, para quem ainda tem bem presente a experiência com o Windows Vista...

Rápido e eficiente

A Microsoft ainda não conseguiu tornar o sistema operativo tão rápido que o computador se possa ligar imediatamente, como um electrodoméstico, uma visão que Bill Gates já advogava há alguns anos. Mas o Windows 7 conseguiu melhorar os tempos gastos no arranque, seja um resumo a partir de stand by ou mesmo com o computador desligado. Também o shut down e a colocação do PC em modo de suspensão são agora mais rápidos.

Para quem usa portáteis a boa novidade é que a gestão de bateria está bastante optimizada. Muitos fabricantes já incluiam nos notebooks sistemas de controle de perfis de utilização que baixavam o consumo de bateria consoante o tipo de tarefas em curso, mas a Microsoft decidiu agora utilizar os seus recursos e conhecimento do software para a mesma tarefa.

De acordo com alguns relatórios, a duração da bateria pode aumentar até 20% com a utilização desta nova ferramenta, mas não temos informação se o valor inicial já incluía algum tipo de gestão da bateria.

Em relação aos níveis de segurança pode contar com o mesmo sistema do Vista, mas com uma diferença: o utilizador tem mais controle (e mais fácil) sobre qual o grau de segurança que quer adoptar através do User Account Control.

Perante problemas de segurança quem faz os avisos é o novo Action Center. Uma bandeirinha presente na barra de tarefas mostra se o sistema tem algum problema que exige a intervenção do utilizador. Podem ser funcionalidades desactivadas, avisos de segurança ou de novos drivers e actualizações do sistema que estão pendentes.

Mais do que simples avisos este centro de apoio ao utilizador dá uma ajuda na resolução dos problemas, com ligações directas para repor funcionalidades, por exemplo.

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Ambiente de Trabalho

Com o novo Windows os utilizadores podem recuperar o seu espaço de trabalho "limpo", arrumando melhor as dezenas (ou centenas) de links que normalmente povoam o desktop. A solução é... arrumar tudo numa nova pasta (!), acessível a partir da barra de tarefas.

Se não quer perder de vista o documento pode sempre colocá-lo na barra de tarefas, usando a opção "pin to taskbar" acessível com o botão direito do rato. Esta vai criar um atalho na barra de tarefas a partir do qual pode abrir de forma rápida a página.

A gestão das imagens do fundo do ecrã permite agora também definir tempos para mudança automática com um “refrescamento visual" e os gadgets estão libertos das barreiras que obrigavam à sua colocação na zona lateral direita.

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Os engenheiros da Microsoft adicionaram também outras funcionalidades interessantes para quem costuma ter dezenas de janelas abertas: se seleccionar a barra de topo de uma janela de aplicação e a abanar desaparecem todas as outras que estão abertas, dando acesso ao desktop. Basta voltar a "abanar" para que estas sejam repostas.

A gestão das janelas permite também a comparação lado a lado de dois documentos ou janelas do Explorer abertas, que podem ser redimensionadas automaticamente com a função Snaps.

Há também um botão na extremidade direito da barra de tarefas que limpa automaticamente o ecrã para acesso rápido aos gadgets, tornando as janelas abertas transparentes (sem conotações políticas, presumimos...).

Com a nova barra de tarefas é também mais fácil visualizar os documentos de uma determinada aplicação que estão abertos, já que é mostrada uma pequena imagem do mesmo junto à barra quando se passa com o rato sobre o ícone.

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Pesquisa completa

Pode parecer estranho porque é que só no Vista a Microsoft pensou em alargar o âmbito da pesquisa do Windows a todo o computador mas é verdade. E no Windows 7 esta funcionalidade mantém-se com melhorias sobretudo na apresentação dos resultados, que ficam mais fáceis de perceber.

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Programas, documentos, mensagens de correio electrónico, músicas, imagens e ferramentas do Control Panel são incluídas nos resultados. O utilizador só tem que saber qual a palavra que procura.

Gestão de dispositivos

O Windows já tem tradicionalmente a melhor base de drivers e suporta a um vasto número de periféricos para ligar ao PC. No Windows 7 a ideia é facilitar ainda mais a gestão destes dispositivos para o utilizador, eliminando uma série de passos tradicionais na configuração e mostrando numa janela única tudo o que está ligado, com ícones específicos - desde que suportados pelo fabricante.

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Grupos domésticos
Porque os ambientes em casa são cada vez mais heterogéneos, permitindo a convivência de vários computadores, servidores multimédia e outros dispositivos entre os quais convém partilhar informação, o Windows 7 facilita a criação de um HomeGroup.

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Desta forma evita-se a utilização de pen drives ou do envio de informação através de mensagens de correio electrónico. E o conceito estende-se à pesquisa, que dá acesso a todos os dispositivos presentes na rede.

A adição de novos equipamentos à rede é fácil e não exige nenhum curso de engenharia informática. E pode definir o que quer partilhar de cada um dos PCs, entre toda a informação ou só um determinado disco.

Sensibilidade ao toque
Pode parecer estranho para muitos mas o conceito de gestão do interface através de toques já está bastante entranhado noutros equipamentos, como os telemóveis, e o Windows 7 transporta-o verdadeiramente para os PCs, permitindo novas formas de usar os tablets ou ecrãs sensíveis ao toque, ou multi-toque.

Os dedos podem ser usados para abrir e fechar aplicações, redimensionar as janelas ou rodar imagens e fazer scroll no ecrã. E até a funcionalidade de "abanar" as janelas se torna mais divertida.

Este é um conceito que no início se estranha mas que depois se entranha (como dizia o poeta). Até porque é muito mais natural.

Estas são as 12 funcionalidades que mais nos agradam no Windows 7, mas ainda sem uma revisão exaustiva nem o "traquejo" de uma utilização prolongada.

Se já experimentou - a beta ou a RC - partilhe também connosco as suas primeiras impressões do novo sistema operativo na caixa de comentários.