A nova versão do Android, até aqui conhecida como "M", foi revelada no evento mundial de programadores da Google. E uma vez mais a tecnológica prefere fazer evoluir a plataforma móvel em vez de avançar para um novo grande "salto" como aconteceu com o Android Lollipop.

A Google diz que existem seis áreas nas quais o Android M destaca-se relativamente à versão anterior:

Permissões das aplicações: tal como os rumores adiantaram, a Google vai fazer alterações nas permissões das apps; a partir de agora as permissões que os programas requerem serão simplificados para que os utilizadores as possam entender de imediato; e em vez de dar todas as permissões ao instalar a aplicação, o utilizador vai dar - ou negar - a permissão uma a uma quando as mesmas forem necessárias pela primeira vez;

Experiência Web: até aqui a Google permitia que os programadores incluíssem um "pseudo-browser" dentro das aplicações para permitir um acesso mais rápido e mais simples a links; mas a experiência, diz a Google, nunca foi a mais positiva; agora a tecnológica vai disponibilizar aquilo que chama de Chrome Costume Tabs - ou seja, é possível integrar o navegador Chrome dentro de outras aplicações; e tudo o que o utilizador tiver no navegador, como palavras-passe, estarão disponíveis - e protegidas - nas aplicações externas;

Ligações entre aplicações: Existem conteúdos que os utilizadores encontram na Internet, mas pertencem ao domínio de uma aplicação específica, por exemplo, um link do YouTube; até aqui quando carregava nesse link, ao utilizador era mostrada uma lista das aplicações com as quais era possível abrir o link e consumir o conteúdo da melhor forma; mas agora a Google criou os "links verificáveis", que são pedaços de código que existem dentro dos sites e que comunicam com as aplicações móveis; assim o smartphone saberá que deve abrir um tweet com a aplicação do Twitter quando encontrar o código verificado para essa aplicação;

Android Pay: a Google volta a olhar para o mercado dos pagamentos móveis e o Android Pay será uma realidade transversal a todos os equipamentos com a próxima versão do sistema operativo; através da tecnologia NFC será possível realizar pagamentos digitais de forma rápida e cómoda, sem que seja necessário abrir uma aplicação; o Android Pay cria sempre um cartão de crédito virtual com base nos dados reais dos utilizadores para prevenir roubos;

Suporte para impressões digitais: o Android M também vai suportar a integração com leitores de impressões digitais; estas servirão para fazer a validação de um pagamento com o Android Pay, mas também poderão ser usadas para autenticar a pessoa em diferentes serviços, desde que os programadores incorporem esta funcionalidade nas suas aplicações;

Bateria e carregamento: a Google compromete-se outra vez a fazer uma evolução na gestão de energia dos equipamentos; desta vez a grande novidade é uma funcionalidade chamada doze que é uma ferramenta que analisa o movimento do telemóvel para saber se vai no bolso ou se está pousado numa mesa, por exemplo enquanto a pessoa dorme; caso seja este o caso, o software entra num "sono profundo" que ajuda a reduzir o consumo de energia, mas sem comprometer a entrega de notificações o mais rápido possível; a Google confirmou também que ainda em 2016 chegarão ao mercado os primeiros smartphones com Android M e com a nova norma USB Tipo C; além de ser reversível, a entrada USB permite agora usar o smartphone para carregar outros equipamentos, como um relógio inteligente por exemplo;

Estes são os seis pontos nos quais o Android M vai assentar, mas não serão os únicos. Ao longo dos próximos dias deverão ser revelados mais "pequenos" detalhes que ajudarão a melhorar a experiência de utilização geral - e que é o grande objetivo da Google.

Os responsáveis da tecnológica de Mountain View confirmaram ainda que entre a versão Lollipop e a versão Android M a correção de bugs também foi uma grande preocupação.

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