As alegações da empresa de segurança Bluebox eram afinal verdadeiras. O sistema operativo Android tem de facto uma falha de segurança que permite que o código-fonte dos pacotes de instalação das aplicações possa ser violado sem que a assinatura cifrada do software seja comprometida. De forma mais simples, as aplicações instaladas podem conter malware sem que o código malicioso seja detetado.

Desta forma, 99% dos dispositivos Android podem ser atacados através da falha. A Google admitiu ao ZDNet o problema e diz também que já arranjou uma solução, que foi prontamente enviada aos fabricantes para que possam trabalhar em atualizações para os smartphones.

A gigante dos motores de busca desdramatiza no entanto a falha descoberta ao afirmar que se houvesse esquemas de malware em aplicações ou criação de uma rede de botnets móveis no Google Play que já teriam sido detetados.

Apesar da aparente resposta rápida da Google, a falha terá sido comunicada pela Bluebox em fevereiro deste ano, mas só depois de o caso ter ganhado dimensão mundial com a divulgação da notícia é que a empresa de Mountain View agiu de forma mais célere.

Dependendo do tipo de aplicação infetada os piratas informáticos ganham acesso a diferentes tipos de informação. Os casos mais graves, segundo a Bluebox, podem acontecer nas aplicações proprietárias das fabricantes já que estes software têm níveis de permissão mais elevados no sistema operativo Android.


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