A Google quer entrar no mercado da televisão - outra vez. E desta vez a aposta recai num interface simples, de fácil controlo, para tentar atrair utilizadores e empresas interessadas em adotar o sistema operativo, seja em televisores, seja em descodificadores digitais.

O interface da Android TV sobrepõe-se à emissão, permitindo que o utilizador continue a seguir um determinado programa enquanto procura outros conteúdos no menu do sistema operativo.

Mais uma vez o sistema de reconhecimento de voz Google Now volta a ser central na estratégia da Google. Através de comandos de voz é possível pesquisar programas, séries e até atores.

A isto junta-se mais "poder" Google, como informação relacionada. Se pesquisar por "nomeados para os Óscares de 2002", o sistema operativo vai ser capaz de mostrar uma lista de todos os filmes que estiveram nomeados nesse ano.

O ecossistema da gigante de Mountain View faz-se sentir ainda ao nível da integração com outros dispositivos. Será possível controlar a televisão através do smartphone ou do relógio inteligente.

Os jogos são também uma garantia. Será inclusive possível jogar um título em modo multijogador no televisor. Desta forma a Google responde diretamente à Amazon que recentemente apresentou a Fire TV, onde os jogos são um dos destaques do equipamento.

Outra novidade da Android TV é a hipótese de transmissão de conteúdos dos dispositivos móveis para o ecrã maior, através de uma ligação de Internet sem fios. De certa forma, o novo sistema operativo para televisores vai conseguir fazer o mesmo que o Chromecast faz agora pelas TVs que não têm o sistema operativo. O periférico wireless não fica relegado para segundo plano, tendo a Google apresentado novas funcionalidades como replicação de todo o interface de um smartphone Android.

Ainda não é certo quando o serviço Android TV vai ficar disponível pela primeira vez. A Sony, a TP-Vision que está responsável pelos televisores Philips e a Sharp são para já as fabricantes parceiras.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico