O Netflix publicou esta segunda-feira o relatório de contas referente ao primeiro trimestre do ano. O veredito, ainda que positivo, fica aquém dos valores esperados pela empresa.

Ao todo, entre janeiro e março deste ano, a empresa registou 2,64 mil milhões de dólares em receitas e juntou mais 5 milhões de subscritores ao seu serviço. O lucro foi de 178 milhões de dólares, seis vezes mais do que o registado no período homólogo.

"O crescimento anual da receita que advém da nossa plataforma de streaming beneficiou com as alterações de preços efetuadas a meio de 2016", escreveu o Netflix numa carta endereçada aos investidores. "Estamos a assistir a uma pequena, mas estável migração dos nossos clientes para o serviço de quatro ecrãs com qualidade 4K-UHD-HDR, que é o nosso plano topo de gama. Isto vai manter o crescimento da receita um pouco acima do crescimento de subscritores". 

A empresa norte-americana aproveitou ainda para esclarecer que não faz parte dos seus planos expandir o seu serviço de streaming para o universo desportivo. Apesar deste passo integrar a estratégia de concorrentes diretas, como a Amazon, o Netflix diz que "esta não seria uma estratégia inteligente" para a sua plataforma.

No que aos investimentos diz respeito, a tecnológia escreve que está a gastar muito mais dinheiro na criação dos seus próprios conteúdos do que no licenciamento de séries e filmes de estúdios tradicionais. Neste primeiro trimestre no entanto, a empresa assume que nenhuma das suas grandes estreias (Iron Fist, Dave Chappelle) protagonizou o mesmo sucesso que House of Cards ou Stranger Things.

Abril, maio e junho devem ser meses de grande crescimento nas subscrições uma vez que House of Cards, uma das séries mais aclamadas da plataforma, volta para mais uma temporada. Os 100 milhões de subscritores, diz a empresa, é uma marca que está perto de ser atingida.