O conceito é promissor e pode ter um impacto sério na forma como, pelo menos, se percebe o crime dentro das cidades. Este é um dos motivos que levou a União Europeia a financiar o projeto City.Risks, uma plataforma de segurança pensada para as cidades.

Dentro da ferramenta vão existir diferentes propostas de valor. Uma está relacionada com o roubo de objetos. O exemplo dado pela Comissão Europeia em comunicado é o de uma bicicleta: foi-lhe roubada e agora não sabe onde está. Mas graças a um pequeno dispositivo integrado no veículo, o utilizador aciona o alerta e a bicicleta vai tentar comunicar com as pessoas que estão nas redondezas.

Esta comunicação será feita para a app City.Risks via Bluetooth, uma norma que apesar de estar associada a curtos alcances tem melhorado neste aspeto e tem ainda a vantagem de consumir poucos recursos energéticos.

O utilizador e as autoridades saberão depois onde está a bicleta roubada e poderão recuperá-la.

As forças de segurança têm um papel importante no projeto City.Risks pois com as suas informações será possível criar um ‘mapa do crime’ das cidades. Os dados têm como objetivo alertar os utilizadores para as zonas com maior ocorrência de crimes.

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Outro exemplo: um turista sabe que na Cidade A há um monumento interessante, mas não faz ideia que duas ruas ao lado há um local muito comum para roubo de carteiras. Com a aplicação City.Risks será possível apontar a câmara do smartphone para o horizonte e ver em elementos de realidade aumentada quais as zonas menos seguras.

O projeto vai primeiro avançar em fase piloto sendo Roma, em Itália, uma das cidades parceiras. O objetivo passa depois por estender o conceito a Londres, no Reino Unido, e a Sofia, na Bulgária.

Criar maior interação entre a ‘vizinhança‘ para garantir um ambiente mais seguro e ajudar a gerir situações de crise ou inesperadas em cidades são outros objetivos da City.Risks. Só no final de 2018 é que o projeto deverá terminar a fase de testes.