A visão de um futuro onde as ferramentas de IA vão transformar-se num verdadeiro sistema operativo está a dar os primeiros passos e a Nothing admite que o Essential OS vai materializar essa ideia. Ontem anunciou duas das bases, as Essential Apps e o Playground, que são como blocos para o novo sistema operativo nativo de IA.

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"Durante décadas, os nossos dispositivos trataram-nos da mesma forma. Listas de aplicações concebidas para todos, dentro de sistemas operativos criados para rentabilizar a atenção em vez de amplificar a criatividade. Mas a tecnologia não tem de ser universal. Acreditamos que deve ser pessoal, adaptável e genuinamente sob o seu controlo", explica a empresa em comunicado.

O objetivo é que o Essential seja uma experiência hiperpersonalizada que possa tornar-se uma ajuda no dia a dia, diferente do modelo atual dos smartphones onde as aplicações definem as áreas de trabalho e lazer.

As Essential Apps são um conjunto de aplicações que podem ser adicionadas ao ecrã do smartphone e que usam a Inteligência Artificial para responder às necessidades do utilizador. Bastará dizer "capture os recibos que fotografei e coloque-os num PDF todas as sextas feiras", ou "mostre-me um resumo das minhas mensagens e calendário antes das minhas chamadas". A empresa diz que já foram criadas milhões de apps para necessidades específicas, e reais, da comunidade Nothing.

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O outro bloco que a Nothing revelou, e que faz parte da estratégia de IA, é o Playground, um espaço para construção, partilha e mistura de conteúdos da comunidade que esteve restrito a membros da Nothing e agora ficar aberto a todas as pessoas, sem as limitações de apps tradicionais.

Carl Pei, CEO e fundador da Nothing, defende que esta é uma nova era que exige um novo pensamento. "Com a Essential, começámos a desconstruir o sistema ultrapassado e elitista criado pelos líderes de mercado tradicionais [...] O futuro do software será de acesso livre, inovação coletiva e hiperpersonalização. Os fossos do passado serão desmantelados, abrindo as portas para um futuro verdadeiramente liderado pelo utilizador".