O boom de dispositivos móveis que se tem vivido está a contribuir para o aparecimento de novos estúdios de desenvolvimento e para a criação de startups que ambicionam ser o próximo grande êxito a nível mundial.

E se há uma área que tem crescido mais do que as restantes é a dos videojogos. Em Portugal está a nascer uma comunidade de programadores talentosos e os conhecimentos adquiridos já permitem explorar segmentos além dos conteúdos para dispositivos móveis.

O TeK reúne aqui alguns dos títulos made in Portugal - pelo meio há uma aplicação de gestão para a casa para o "desenjoo" - e na última página do artigo poderá encontrar um resumo do especial que foi preparado sobre a comunidade de gaming que está a surgir.

O sucesso dos portugueses pelo mundo começa em si. Descarregue os jogos, pague por eles e tenha uma parte ativa naquela que pode ser uma revolução que vai colocar Portugal no mapa mundial do game development.

Wake Up, Arnie! e cuidado com os monstros debaixo da cama

Se procura um jogo de plataformas e em género side-scroller, que é feito por um estúdio português e que tem como temática a eterna luta dos mais novos contra os monstros, é este. Se não procura, experimente na mesma.

Arnie é um jovem como tantos outros e que em terminada altura da sua infância desenvolveu uma apetência por filmes de terror. E quando vai para a cama dormir o inevitável acontece: vai sonhar com terras de monstros, cheias de perigos.





O jogo de plataformas desenvolve-se num cenário com ambiente simplista, mas ao mesmo tempo pesado. Ao estilo side-scroller, será preciso ajudar Arnie a encontrar o portal que há em cada nível e que o ajuda a ultrapassar o mundo dos monstros.



A movimentação lenta da personagem é propositada, para que os utilizadores se possam lembrar daqueles sonhos em que estavam desesperadamente a fugir de algo, mas na “realidade” apenas se tinham mexido alguns centímetros.

O título está disponível para iOS, Android, Windows e Windows Phone, podendo ser descarregado num modelo gratuito – que não traz todos os níveis – ou numa versão paga, e cujo preço varia, que garante acesso a todos os conteúdos criados pelo estúdio português Massive Hamster Studios.



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Cloogy: Utilizadores do Windows Phone já podem controlar a casa à distância



A solução portuguesa de Smart Home da Cloogy está agora também disponível em formato de app para Windows Phone, dando aos utilizadores a possibilidade de controlar o funcionamento de dispositivos elétricos a partir do smartphone.





A aplicação está disponível de forma gratuita para os utilizadores do kit Cloogy, que é usado no contador da luz e nas tomadas para monitorizar o consumo de energia elétrica e otimizar o seu consumo.



Os alertas que o sistema emite passam a poder ser monitorizados a partir do smartphone, da mesma forma que passa a ser possível fazer a gestão à distância do funcionamento de cada equipamento monitorizado pelo sistema.



O utilizador pode assim ligar equipamentos antes de chegar a casa, ou desligar os que deixou ligados depois de sair por esquecimento.



Para já o Cloogy está focado na eficiência energética, mas o sistema pretende cobrir outras áreas como a segurança e o conforto, garante a ISA, que criou a tecnologia e que exemplifica.



"Nessa altura a monitorização e controlo remoto da casa em tempo real, com câmaras IP e detetores de gás, incêndio e inundação, bem como sensores de temperatura e humidade" passará a ser possível.



A versão da aplicação móvel para Windows Phone pode ser descarregada aqui. Quem tiver um smartphone ou tablet com iOS ou Android pode fazer o download nas respetivas lojas de aplicações.



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Jogo português convida à aventura na pele do corvo de Odin

Transformado numa rapariga mortal o corvo de Odin é obrigado a viajar pelo mundo terreno onde tem de enfrentar vários desafios e literalmente mover montanhas.

O jogo é o primeiro produzido por um dos novos estúdios portugueses, Gojira, em conjunto com a Daedalic Entertainment. A personagem principal é Munin, o mensageiro de Odin transformado por Loki em rapariga mortal, e a mitologia nórdica é apenas a base de uma história onde os puzzles são o desafio para movimentar todo o sistema do jogo.

A movimentação lateral habitual neste jogos é complementada com a rotação dos puzzles que tem sido destacada como um dos elementos mais interessantes do título.

O Munin foi lançado em junho na versão para PC e para a plataforma Steam. Os interessados podem optar por uma versão demo que tem apenas 6 dos 77 níveis ou pela versão completa, que custa 9,90 euros.

O vídeo de apresentação do jogo dá uma ideia dos desafios a enfrentar.



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De Portugal para o mundo: Konbo Monsters

O estúdio português digitalMUTANT criou um jogo que mistura dois dos conceitos mais populares: Tetris e Bejeweled. O resultado final é um título interessante, desafiante e que vale a pena experimentar.

Numa semana em que o TeK tem dedicado mais atenção ao segmento dos jogos made in Portugal e aos estúdios que têm feito sucesso dentro e fora de portas, fica mais uma sugestão de um projeto português.

O Konbo Monster é um jogo que mistura os conceitos de Tetris e de Bejeweled. Ao jogador vão sendo disponibilizadas peças com cores e monstros diferentes. As peças da mesma cor devem ser reunidas em conjunto para que quando vier um desbloqueador de cor, desaparecem o máximo de elementos do nível.

Este não é um jogo de última geração, mas pode perfeitamente conquistar espaço no seu smartphone e tablet em comparação com outros títulos dentro do mesmo estilo de jogo.

Konbo Monsters é uma criação do estúdio português digitalMUTANT e está disponível apenas para Android, no Google Play e na Amazon AppStore.



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Kiwaka: uma aventura às estrelas desenhada em Portugal



É um jogo e foi desenvolvido pela portuguesa Landka, que também já tinha criado a aplicação Back in Time. Propõe uma aventura pelo espaço que permite descobrir estrelas e constelações.






Kiwaka é o nome do jogo e é também o nome do lugar perdido numa selva africana que dá o cenário ao desafio. É a casa de criaturas estranhas que querem descobrir o céu e os seus mistérios.



A missão dos jogadores é ajudar estas criaturas nessas descoberta, apanhando pirilampos e conseguindo com isso iluminar constelações e revelar as suas histórias. O jogo tem uma forte componente educativa que se materializa num leque vasto de conteúdos multimédia que ajudam o utilizador a descobrir mais sobre o Cosmos.



A aplicação foi criada com a colaboração da Agência Espacial Europeia e do Observatório Europeu do Sul, de onde vêm mais de uma centena de imagens que ajudam a caraterizar cada uma das constelações.





A aplicação está disponível para download gratuito na loja do iOS. Está apoiada num ebook - Kiwaka Story - onde é contada a história das personagens do jogo. O livro conta com narração de Diogo Morgado. Pode ser descarregado por 0,89€.



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Prepare a sua estratégia para vestir a pele de um macaco pirata

O Bounty Monkey é um dos títulos portugueses que tem conseguido ganhar espaço em smartphones e tablets Android e iOS. E fica o aviso de que se pode tornar viciante...

Se gosta de correr, saltar, voar sobre montanhas e ir colecionando moedas e outros tesouros este é um jogo que se ajusta a um modelo de sucesso reconhecido para jogadores casuais. O protagonista é o macaco de estimação do Capitão Pirata, que decide fugir do seu mestre levando consigo o tesouro reunido nas pilhagens.

Ao longo de vários cenários o macaco foge dos perseguidores, enfrentando desafios cada vez mais difíceis ereunindo objetos que podem ser usados para acumular poderes especiais, úteis para ultrapassar os truques da Bruxa do Mar.

À partida dificilmente iria perceber que o Bounty Monkey é um jogo desenvolvido em Portugal, por um estúdio português que tem também um nome bastante "internacional", de Battlesheep. Mas na semana em que o TeK tem dedicado uma atenção extra aos jogos made in Portugal e aos estúdios que têm feito sucesso dentro e fora de portas, esta é uma sugestão que vale a pena conhecer melhor.

O jogo está disponível para a plataforma
Android e iOs e o download é gratuito.

No vídeo abaixo pode espreitar um pouco da acção do jogo.



Veja na próxima página o resumo do especial sobre programadores de jogos portugueses

- Desenvolvimento de videojogos já está a "fervilhar" em Portugal

- Montra TeK: Quem dá cartas nos videojogos em Portugal?

- Microsoft: “Os últimos anos têm conhecido um crescimento extraordinário desta indústria em Portugal”

- Ivan Barroso: “Entre 2010 e 2014 já fizemos mais jogos do que na última década“

- Biodroid: “Os jogos móveis são provavelmente dos negócios digitais mais difíceis de rentabilizar"

- Bica Studios: "Em termos técnicos Portugal tem ótimos programadores e na parte mais artística o mesmo acontece"

- Nerd Monkeys: "Em PC/Mac e consolas o mercado é mais controlado e estável"


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico