A Uber Portugal voltou a usar os blogues oficiais para tomar uma posição pública relativamente ao bloqueio do serviço decretado pelo Tribunal de Lisboa. O texto que é assinado pelo responsável da empresa, Rui Bento, diz que passados dois dias ainda não recebeu nenhuma notificação da decisão do tribunal e tudo o que sabe é o que vem veículado na comunicação social.

“A falta de transparência e de clareza em relação a este processo causa-nos profunda estranheza”, escreve o general manager da subsidiária portuguesa, que depois escreve um conjunto de perguntas e respostas nas quais defende o modelo de negócio e utilização da Uber.

“Continuamos empenhados em servir os nossos utilizadores e em criar oportunidades económicas para parceiros e motoristas nas cidades portuguesas”, pode ler-se no blogue.

Numa outra passagem do texto Rui Bento escreve que o apoio dos utilizadores do serviço é essencial “para que os decisores legais e políticos portugueses permitam que os cidadãos das duas cidades possam escolher como querem viajar”.

A Uber Portugal pede depois aos internautas que assinem uma petição pública que já tem mais de 3.600 subscritores e que pede aos “Partidos Políticos com presença no Parlamento e secretário de Estado dos Transportes” a criação de um regulamento para o sector de atividade da empresa. Numa página do Facebook intitulada “Queremos a Uber em Portugal” são já mais de oito mil os seguidores.

A Uber diz que não tem nenhuma ligação a estes dois movimentos de Internet e que são da responsabilidade dos utilizadores. No entanto a empresa está também a pedir apoio nas redes sociais através do uso de uma hashtag específica.

Recorda-se que um elemento do Governo já desvalorizou a situação dizendo que esta é apenas uma medida provisória e que tem por base a providência cautelar pedida pela Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL).

Atualmente a aplicação da Uber e o site da empresa continuam a funcionar de forma normal.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico