Para os que já estão a pensar nas prendas – seja para receber ou para oferecer – e têm um tablet ou smartphone na lista, a espanhola bq tem duas novas propostas: o bq Aquaris E5 4G, que tem no suporte da rede de última geração a sua grande novidade, e o Aquaris E10, o primeiro tablet da empresa dentro da nova estética de produtos.



Entre o dia 28 de novembro e o 1º de dezembro as lojas portuguesas vão receber o novo telemóvel da bq, o Aquaris E5 4G. O equipamento tem um ecrã de cinco polegadas com resolução HD, processador de quatro núcleos a 1,2Ghz, 1GB de RAM, 16GB de armazenamento interno e sensor fotográfico de 13 megpaíxeis. O preço do equipamento vai ser de 219,90 euros.



O suporte para redes 4G é o elemento diferenciador relativamente aos modelos já apresentados, sendo que o utilizador pode ter dois cartões SIM 4G no telemóvel – mas que não funcionam em simultâneo na hora de usar a Internet móvel de banda larga.



Já o tablet é o primeiro da empresa da linha Aquaris e isso faz-se sentir de imediato no aspeto do equipamento: linhas quadradas, construção em plástico liso e sensor fotográfico numa moldura quadrada.



Ao nível das especificações a bq propõe um ecrã de dez polegadas com resolução Full HD, processador de oito núcleos a 1,7Ghz, 2GB de RAM, 16GB de armazenamento e câmara fotográfica principal de oito megapíxeis.



O Aquaris E10 vai chegar a Portugal entre os dias 10 e 15 de dezembro e estará disponível em duas versões, Wi-Fi e 3G, sendo que o preço será de 259,90 euros e 299,90 euros respetivamente.

Tanto o smartphone como o tablet trazem de origem o Android na versão 4.4, mas a bq através do responsável Alberto Mendéz confirmou que no primeiro trimestre de 2015 estes equipamentos vão transitar para Android 5.0.



O Lollipop fica também garantido para todos os utilizadores que tenham um smartphone da linha de smartphones Aquaris E e para quem tem o tablet Edison 3.



bq: uma empresa em transformação

A tecnológica espanhola tem evoluído bastante ao longo dos últimos trimestres. A génese da bq começou nos e-readers, depois passaram para os tablets e por fim atacaram os smartphones. O mercado português, um dos em que a marca mais aposta, já representa 10% dos 20 milhões de euros de faturação que a empresa espera alcançar este ano.

A concorrência, essa, também está a ficar mais aguerrida. Basta olhar para a Wiko que tem uma estratégia muito semelhante - equipamentos com especificações apelativas a preços acessíveis. Para Alberto Mendéz, executivo da bq, a concorrência e os números não têm muita importância pois a empresa está focada apenas em entregar os melhores equipamentos ao preço mais justo e com a melhor experiência de utilização.

No entanto o porta-voz da empresa não deixou de ressalvar o facto de a bq ser uma empresa europeia que trabalha para a Europa, enquanto a Wiko é no seu geral uma empresa chinesa que comprou uma marca francesa, analisou.



Mas a bq já não é só dispositivos móveis. A empresa está a fazer uma aposta muito grande na educação e Alberto Mendéz fez questão de destacar esta temática durante a apresentação dos novos equipamentos.



Para Portugal não está prevista para já nenhuma parceria com escolas ou entidades específicas, mas este é um trabalho que está a ser feito em Espanha. Através da divisão de impressoras 3D e dos kits de robótica do it yourself, estão a ser formados professores e alunos para que não usem apenas tecnologia, mas possam também criá-la e perceber como funciona no seu interior.



"Interessa-nos que os jovens tenham contacto com as tecnologias o quanto antes. Queremos aumentar o nível médio de conhecimento tecnológico das crianças", explicou Alberto Mendéz.



O que Portugal vai ter é o lançamento da plataforma Bitbloq - que permite fazer programação dos componentes do kit de robótica que a empresa já disponibiliza no mercado nacional -, em português para que esteja mais acessível aos jovens.



A empresa já vendeu cerca de 1.600 kits DIY e espera este ano alcançar a marca de 5.500 impressoras vendidas em todo o mundo, entre Witbox e as montáveis Prusa i3 Hephestos.

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico