A Estufa Fria em Lisboa foi o local escolhido para a Huawei Portugal revelar os novos produtos tecnológicos que vão chegar em novembro às suas lojas. Como cabeça de cartaz o smartphone Nova 9, um equipamento direcionado a um público jovem que o SAPO TEK já teve oportunidade de experimentar. Mas a fabricante chinesa tem um leque de novidades que têm sido apresentadas nas últimas semanas, como os monitores MateView e o MateView GT, este segundo exposto, direcionado ao gaming.
Huawei cresce nos vários segmentos, mas retira smartphones da equação
Antes de revelar as funcionalidades dos novos equipamentos, a Huawei fez um balanço da sua atividade no último ano, demonstrando um crescimento de 91% no segmento de wearables, 19% em produtos IoT, 27% em PC e 111% no segmento de auriculares (TWS). Mas nada sobre a evolução da área dos smartphones.
O SAPO TEK teve oportunidade de perguntar a Gonçalo Guerreiro, Training Manager da Huawei, sobre a ausência dos números relativos aos smartphones nesta atualização. “Não se trata de um abandono de falar de smartphones. O que quisemos mostrar e que é mais intrínseco na Huawei é que não se trata apenas de uma empresa de smartphones. Quisemos mostrar como estão a crescer as outras categorias de negócio. Porque a Huawei já é conhecida por vender smartphones, e de boa qualidade”. Refere que os números demonstram que as outras categorias estão em crescimento e que está a haver uma boa aceitação do público, como os wearables ou computadores.
A empresa destacou também o seu serviço de pesquisas Petal Search, afirmando ter mais de 32 milhões de utilizadores mensais ativos a nível global, trabalhando com mais de 3.000 parceiros de conteúdos.
A loja de aplicações AppGallery parece estar a correr bem para a fabricante chinesa, pelos números divulgados. Tem mais de 540 milhões de utilizadores mensais, a nível global, o que representa um crescimento de 35% face ao ano passado. A Europa representa 42 milhões de utilizadores e o crescimento foi mais expressivo, de 57%. E quanto a downloads de apps, foram registados 384,4 mil milhões a nível global, para um crescimento de 83%.
Veja na galeria fotos dos novos produtos da Huawei:
Dos seus 2,7 milhões de developers registados, 300 mil são fora da China. E o ecossistema Huawei Mobile Services conta com mais de 134 mil apps, mais uma vez, um crescimento muito positivo, de 143% face a 2020. O serviço de Quick Apps conta com mais de 130 milhões de utilizadores ativos mensais, num crescimento de 150%.
A Huawei também tem números para Portugal, salientando o seu crescimento exponencial. Atualmente tem 2 milhões de utilizadores dos seus serviços, num crescimento de 60%; conta com cerca de um milhão de utilizadores ativos mensais, mais 30% que no ano anterior; e em 2021 registou 5,4 milhões de downloads das suas aplicações, num crescimento de 83%. A AppGallery conta com diversas aplicações portuguesas, incluindo o Millenium, Best Bank, RFM, Panda, Domino, MN Way, Rádio Comercial, entre outras.
A fabricante aproveitou para levantar a ponta do véu de algumas novidades do Petal Maps 2.0, introduzindo uma experiencia de navegação offline, guias mais detalhados de condução e introduz serviços disponíveis na área, tais como hotéis. A aplicação utiliza o smartwatch da marca como complemento na sinalização.
Huawei Nova 9 é o novo smartphone para jovens criativos
Depois de 18 meses em confinamento, os jovens estão com o desejo de sair para se divertirem, mas também para se exprimirem e registarem o regresso da sua vida social. É neste contexto que a Huawei introduz no mercado o Nova 9, um smartphone direcionado a um público mais jovem. E é uma linha que se assume agora como o terceiro pilar da oferta de smartphones, juntamente com o Mate e a série P.
O smartphone destaca-se pela possibilidade de utilizar as duas câmaras em simultâneo, de forma a se filmar a si, assim como aquilo que está a observar. E pode criar imagens lado a lado, ou em Picture in Picture, tal como os streamers, colocando o utilizador num pequeno quadrado inserido na filmagem. E até pode deslocar a câmara para a posição que desejar. Este formato é ideal para utilizadores que desejem gravar Vlogs.
Até porque o conjunto de câmaras é muito interessante, com uma lente principal de 50 MP, uma ultra grande angular de 8 MP, uma lente macro de 2 MP, com uma distância mínima de foco de 4 cm, e uma lente de profundidade de 2 MP para realçar os efeitos bokeh. O módulo tem ainda um flash. A Huawei promete que este é um smartphone ideal para gravar imagens noturnas, como em discotecas, locais onde os jovens gostam de partilhar momentos.
E demonstrando a seriedade em fornecer ferramentas aos jovens para gravarem os seus Vlogs, a câmara frontal tem uma lente de 32 MP, com a capacidade de gravar vídeo em 4K e estabilizador de imagem.
O smartphone é alimentado pelo processador Snapdragon 778G da Qualcomm, com a Huawei a aproveitar a autorização de utilizar tecnologia 4G americana. Ainda no interior, o smartphone conta com uma bateria de 4.300 mAh suportado por um carregamento rápido de 66 W. A marca diz que em 38 minutos o smartphone fica com o carregamento completo. O equipamento suporta também ligações Wi-fi 6.
O equipamento, suportado por EMUI 12, apresenta um ecrã curvo de 6,57 polegadas, com uma taxa de refrescamento dinâmica de 60 e 120 Hz. Os utilizadores podem manter a mudança dinâmica ou configurar para obrigar o smartphone a debitar 60 ou 120 Hz. Além disso, olhando para as necessidades de consumo multimédia deste público jovem, o smartphone tem uma resolução de 2340x1080, com suporte a HDR10 e palete de cores DCI-P3.
Para os mais criativos, o Nova 9 tem a aplicação Petal Clips instalada, um editor que permite criar vídeos “on the go”, onde quiser e quando quiser. A app tem diferentes filtros, assim como a criação automática de vídeo, através dos clips selecionados, um pouco como as câmaras de ação fazem, como a GoPro.
A marca refere que o Nova 9 beneficia do Smart Folder, uma funcionalidade do EMUI 12, em que uma vez perto de um computador ou outro equipamento da marca, abrem-se menus de partilha de ficheiros e outras ações de integração no ecossistema. Da mesma forma que o Device+ permite ter acesso a todos os equipamentos emparelhados e ligados, seja o smartwatch, os auriculares, funcionando em modo “smartscreen colaboration”.
Além de ser leve, com 175 gramas, tem uma espessura de 7,77 mm, chegando ao mercado por 549,99 euros, numa versão de 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno. O smartphone é lançado em duas cores, azul e preto, com as pré-reservas a começarem esta sexta-feira dia 22 e a chegada às lojas a 12 de novembro.
Questionado sobre como é lançar um smartphone para os mais jovens, mas sem os Google Services, Gonçalo Guerreiro refere que o panorama atual é bastante diferente do que era há algum tempo atrás. “Hoje estamos com soluções mais estabelecidas no mercado, soluções para instalar aplicações, não temos Google, mas não é por escolha nossa, por isso temos soluções alternativas. Sobre o YouTube, como referiu, não temos, mas há várias oportunidades e soluções que temos para os utilizadores usarem o YouTube, através de outro tipo de aplicações. É simples hoje instalar uma aplicação com o YouTube ou perto do YouTube na AppGallery”. No entanto, caso o utilizador queira mesmo a popular aplicação, pode sempre contornar e aceder ao YouTube através de browser, “ainda que compreendemos que não seja a ideal, mas estamos ativamente a trabalhar para que essa solução chegue aos utilizadores.
Sobre as expetativas do Nova 9, Gonçalo Guerreiro diz que são enormes, por ser um equipamento mais focado numa geração mais jovem, por vir de um tempo confinado, que viu a sua criatividade estar controlada, e que agora podem sair à rua e expressar-se, partilhando conteúdo como gostam. O design, o ecrã de 120 W, a reprodução de cor e a câmara são os principais trunfos para conquistar o segmento. Acrescenta ainda que com o lançamento do Nova 9 tem esperança de que as vendas no segmento de smartphones subam, sendo “energizante e motivador porque vemos todas as outras categorias a crescer e temos mais uma nova adição à família de smartphones”.
E o lançamento do P50? Infelizmente não há notícias ainda da chegada do novo topo de gama da marca, que apenas está disponível na China. “Estamos muito entusiasmados com esse smartphone e expectantes de trazer o P50 para Portugal, mas não temos uma data alinhada, embora faça planos para o futuro, estamos a fazer esforços para isso”.
Novos wearables para o ecossistema Huawei
Além do novo smartphone, foi também apresentado uma nova versão da geração anterior, o Nova 8i, disponível a 12 de novembro, mas com pré-encomendas disponíveis a partir de sexta, dia 22. Custa 379,99 euros, com uma configuração de 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno. Como pontos principais tem o sistema de carregamento rápido Supercharge de 66 W, tal como o Nova 9; um módulo de quatro câmaras com uma lente principal de 64 MP e um ecrã de 6,67 polegadas.
Grande destaque para o Huawei GT 3, em duas versões, um de 46 mm destinado a um segmento masculino e um de 42 mm, mais focado no feminino. A Huawei explica que ambos podem ser utilizados por todos os utilizadores, mas que a versão de 42 mm tem algumas funcionalidades exclusivas para as senhoras, destacando-se a possibilidade de receber chamadas via Bluetooth em ambos os modelos. A marca disse que apesar da versão feminina ser a que vende mais em Portugal, o facto de o tamanho mais pequeno não permitir anteriormente que se atendesse chamadas era um entrave. Algo corrigido na nova versão. Também pode controlar as músicas a partir do pulso, independentemente da fonte. E o remote shutter também permite ver a imagem da câmara do smartphone no relógio e captar imagens.
Os modelos oferecem ecrãs AMOLED coloridos, o maior de 1,43 polegadas e o outro de 1,32 polegadas, sendo este obviamente mais leve. Os relógios têm mais de 100 modos de desporto disponíveis, desde a análise de prestação de desporto, a vida ativa, corridas, exercícios, o tempo de dormir, etc. Tem também tecnologia melhorada para as medições de frequência cardíaca, sendo mais precisos e confiáveis. Faz as leituras quando está a fazer desporto, assim como as variações altas e baixas do batimento cardíaco.
Na aplicação de saúde pode consultar gráficos e relatórios gerados a partir dos dados do próprio utilizador, o que permite fazer um treino mais personalizado, através dos aconselhamentos baseados na análise científica, tais como a recuperação e a condição física. Dessa forma, o equipamento dá inputs diretos às pessoas, de como melhorar a sua vida e torná-la mais saudável com os exercícios.
Por fim, ainda dentro do ecossistema de funcionalidades, os relógios inteligentes fazem a gestão da vida ativa, olhando para aspetos que tendem a ser descurados, tais como a quantidade de água bebida por dia, o acompanhamento do sono, as vezes que treinou ou que se levantou da cama, ou mesmo, as vezes que sorriu… E o assistente do exterior informa quando nasce ou se põe o Sol, o estado das marés, as fases da Lua, alertas de mau tempo, etc. para que prepare melhor as atividades físicas no exterior, tais como surfar ou pescar.
Quanto à autonomia, o modelo de 46 mm pode ser usado por 14 dias de utilização normal, ou 8 dias de uso carregado, ao passo que o de 42 mm diminui para metade a sua autonomia. Quanto ao preço, o maior tem um preço a partir dos 269 euros e o mais pequeno pode ser adquirido a partir de 249 euros. Pode fazer a pré-encomenda a partir de 1 de novembro, com chegada às lojas a 22 de novembro.
A acompanhar os dois smartwatchs, a Huawei revelou ainda o Watch Fit mini, com um ecrã clássico retangular, com funcionalidades especificas para as mulheres, tais como os ciclos menstruais. Tem monitorização de batimentos cardíacos e SpO2. Conta com 96 modos de exercícios, assim como funcionalidades de integração com o smartphone, desde controlos de música, mensagens, câmara fotográfica, etc. O wearable custa 109,9 euros e chega no dia 15 de novembro.
Ainda direcionado a um público feminino, o Huawei FreeBuds Lipstick é semelhante ao FreeBuds 4, mas aposta numa arrojado e diferenciador estojo de carregamento em forma de batom para os lábios. Mantém as mesmas características, incluindo o sistema de cancelamento de ruído 2.0, 22 horas de autonomia e a possibilidade de poder ser emparelhado em dois equipamentos em simultâneo. Chega ao mercado por 219,99 euros no dia 22 de novembro.
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