Uma análise da Kaspersky revela que mais de metade dos portugueses prescindem da utilização de passwords para protegerem os seus dispositivos móveis, colocando em risco smartphones e tablets e toda a informação que estes contêm.

O estudo indica que 68% dos portugueses inquiridos admite aceder regularmente à internet no seu a smartphone e 35% faz o mesmo com o tablet. Desta forma, “várias informações preciosas são armazenadas e enviadas a partir destes dispositivos”, lembra a empresa de cibersegurança.

Em Portugal, cerca de uma em cada quatro pessoas (24%) utiliza os seus smartphones para atividades bancárias online, proporcionando acesso a informações financeiras valiosas. Além disso, 60% dos utilizadores recorre com regularidade aos seus smartphones para aceder ao seu email pessoal e 58% admite utilizá-los para visitar as suas redes sociais, ambas atividades que envolvem uma vasta quantidade de informações sensíveis. Os valores nacionais encontram-se acima da média europeia (57% e 55%, respetivamente), de acordo com os resultados do estudo.

Todas estas informações armazenadas nos seus dispositivos móveis não tornam necessariamente as pessoas mais conscientes e preocupadas, com menos de metade (48%) dos utilizadores a protegerem os seus dispositivos móveis com palavras-passe e apenas 14% a encriptar os ficheiros e as pastas de forma a evitar acessos não autorizados. “Portanto, se um dispositivo cai nas mãos erradas, todos estes dados - desde contas pessoais, fotos, mensagens e até mesmo dados financeiros - podem tornar-se acessíveis a uma terceira pessoa”.

E mesmo dispositivos que são protegidos por passwords podem originar consequências desastrosas quando perdidos ou roubados. A Kaspersky Labs indica que menos de metade (43%) dos utilizadores faz uma cópia dos dados armazenados nos seus dispositivos, e apenas 22% instala soluções antirroubo nos seus dispositivos móveis, o que significa que os seus antigos proprietários terão dificuldade em aceder e recuperar as suas contas se perderem o seu smartphone.

Os utilizadores portugueses continuam, uma vez mais, abaixo da média europeia a nível de proteção e prevenção de ameaças contra os seus dispositivos móveis, com apenas 39% a fazerem cópias regulares dos seus dados, e 21% a recorrerem a soluções antirroubo.